Consequências da Obesidade

17 de Agosto de 2015

Obesidade e suas consequências

Atualmente, cerca de 35% da população brasileira é composta por obesos, dos quais cerca de 2 milhões são classificados como "obesos mórbidos". A obesidade mórbida é definida como excesso de peso corporal que, de tão elevado grau, pode contribuir com o surgimento de doenças ou condições que prejudicam a boa saúde e a vida de seus portadores. Um indivíduo é considerado obeso mórbido quando seu índice de massa corporal (IMC)* é maior que 40.

A obesidade pode causar várias doenças, como: Doenças cardiovasculares - o excesso de gordura acumulada nas artérias pode levar ao aparecimento de hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e ataque cardíaco. Além disso, pode contribuir para o aumento dos triglicerídeos e do colesterol e para o desenvolvimento ou agravamento de varizes; Complicações metabólicas - o excesso de peso contribui para um maior risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 e gota; Problemas respiratórios - geralmente o paciente obeso devido à grande quantidade de gordura tem dificuldade em respirar e fica cansado facilmente e, pode apresentar apneia de sono; Complicações no aparelho urinário e reprodutor - a mulher obesa pode ter amenorreia, que é a ausência da menstruação, produção excessiva de pelos no queixo, costas e barriga e até mau funcionamento dos rins. No homem é comum o surgimento de incontinência urinária de esforço e infertilidade; Desgaste dos ossos e articulações: o excesso de peso pode levar ao desgaste precoce das articulações da coluna, dos joelhos e tornozelos, havendo maior risco de desenvolver hérnias e maior chance de quedas e fraturas; Surgimento de câncer: a má alimentação leva ao aumento do risco de desenvolver, no homem, câncer colo-retal e câncer da próstata e, na mulher, câncer de mama, do endométrio, do ovário e das vias biliares.

Os indivíduos com obesidade mórbida, que é quando tem IMC igual ou superior a 40, têm ainda maior risco de desenvolver estes problemas de saúde e por em risco a vida.

Consequências psicológicas e sociais da obesidade

Devido ao excesso de peso, a pessoa obesa tem tendência a isolar-se dos colegas e amigos pois tem baixa auto-estima, permanecendo muito tempo em casa sem conviver com familiares.

Além disso, por vezes, a pessoa com obesidade sofre de discriminação na rua e no trabalho por parte dos outros indivíduos, tendo maior dificuldade em arranjar um emprego, por exemplo.

Em casos mais graves, a pessoa com obesidade pode sofrer de depressão e pode ter que tomar remédios para ajudar a diminuir o peso e a curar a depressão.

Tratamento para obesidade

Os tratamentos para a obesidade devem ser orientados por um nutricionista e tem por base uma mudança no estilo alimentar, porém em alguns casos é necessário se recorrer a remédios ou cirurgias para emagrecer.

Além disso, é essencial a prática regular de exercícios físicos.

Vários tratamentos têm sido propostos para combater a obesidade. Ao longo das três últimas décadas, várias modalidades de cirurgia foram propostas visando a perda de peso até que, nos dias atuais, algumas poucas técnicas foram consagradas por apresentarem resultados mais seguros, apesar de ainda terem suas limitações e inconvenientes. Dentre eles, as técnicas cirúrgicas para redução de peso, também conhecidas como cirurgias bariátricas (cirurgias para redução de estômago) tem sido utilizadas.

É importante ressaltar que essas cirurgias não passaram a ser a modalidade de tratamento preferencial da obesidade em geral e sim uma alternativa para o tratamento dos casos de obesidade mórbida, nos quais os métodos convencionais de tratamento (tratamento nutricional, comportamental, aumento da atividade física e uso de medicamentos que auxiliem na perda de peso) não se mostrarem suficientes.

Além disso, essas cirurgias possuem contra-indicações nos casos de pessoas portadoras de pneumopatias graves (como enfisema avançado ou embolias pulmonares de repetição), insuficiência renal, lesão acentuada do miocárdio (pós um infarto extenso, por exemplo), cirrose hepática, distúrbios psiquiátricos, dependência de álcool e/ou de drogas.

São aprovadas no Brasil quatro modalidades diferentes de cirurgia bariátrica e metabólica (além do balão intragástrico, que não é considerado cirúrgico): 

Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”)

Estudado desde a década de 60, o bypass gástrico é a técnica bariátrica mais praticada no Brasil, correspondendo a 75% das cirurgias realizadas, devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. O paciente submetido à cirurgia perde de 40% a 45% do peso inicial.

Nesse procedimento misto, é feito o grampeamento de parte do estômago, que reduz o espaço para o alimento, e um desvio do intestino inicial, que promove o aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial.

Uma curiosidade: a costura do intestino que foi desviado fica com formato parecido com a letra Y, daí a origem do nome. Roux é o sobrenome do cirurgião que criou a técnica.

Banda gástrica ajustável

Criada em 1984 e trazida ao Brasil em 1996, a banda gástrica ajustável representa 5% dos procedimentos realizados no País.

Apesar de não promover mudanças na produção de hormônios como o bypass, essa técnica é bastante segura e eficaz na redução de peso (20% a 30% do peso inicial), o que também ajuda no tratamento do diabetes.

Um anel de silicone inflável e ajustável é instalado ao redor do estômago, que aperta mais ou menos o órgão, tornando possível controlar o esvaziamento do estômago.

Gastrectomia vertical

Nesse procedimento, o estômago é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros (ml).

Essa intervenção provoca boa perda de peso, comparável à do bypass gástrico e maior que a proporcionada pela banda gástrica ajustável.

É um procedimento relativamente novo, praticado desde o início dos anos 2000. Tem boa eficácia sobre o controle da hipertensão e de doenças dos lípides (colesterol e triglicérides).

Derivação Biliopancreática

É a associação entre gastrectomia vertical e desvio intestinal. Nessa cirurgia, 85% do estômago são retirados, porém a anatomia básica do órgão e sua fisiologia de esvaziamento são mantidas.

O desvio intestinal reduz a absorção dos nutrientes, levando ao emagrecimento. Criada em 1978, a técnica corresponde a 5% dos procedimentos e leva à perda de 40% a 50% do peso inicial. 

 

Terapia auxiliar – Balão intragástrico


Reconhecido como terapia auxiliar para preparo pré-operatório, trata-se de um procedimento não cirúrgico, realizado por endoscopia para o implante de prótese de silicone, visando diminuir a capacidade gástrica e provocar saciedade.

O balão é preenchido com 500 ml do líquido azul de metileno, que, em caso de vazamento ou rompimento, será expelido na cor azul pela urina.

O paciente fica com o balão por um período médio de seis meses. É indicado para pacientes com sobrepeso ou no pré-operatório de pacientes com superobesidade (IMC acima de 50 kg/m2)

O pós operatório da cirurgia bariátrica exige cuidados alimentares fazendo primeiro uma dieta líquida e depois uma dieta pastosa, passando para a alimentação sólida apenas 30 dias após a cirurgia.

Além disso, após a cirurgia é fundamental tomar os suplementos alimentares que o médico indicar para evitar a queda de cabelo e o enfraquecimento das unhas, por exemplo.

Recomendações Nutricionais para perda de peso do Obeso

1- Evite no seu cardápio, as frituras, carnes gordurosas, carne de porco e seus salgados, vísceras de animais, maionese, creme de leite, pastelarias, biscoitos amanteigados, chocolates.

2- Prefira carnes magras (sem gordura aparente, pele e escamas, no caso de peixes e aves) e faça as seguintes substituições: leite integral por semi-desnatado ou desnatado, queijos amarelos por Minas ou ricota, sorvetes cremosos por sorvetes de fruta (picolé), gema de ovo pela clara do ovo.

3- Modere no açúcar ou substitua-o por adoçante. Evite alimentos concentrados em açúcar como balas, refrigerantes, tortas e bolos.

4- Evite temperos e molhos industrializados (caldos concentrados, extratos de tomate, molho shoyo, catchup, entre outros).

5- Modere na quantidade de sal na alimentação.

6- Evite consumir bebidas alcóolicas.

7- Não use banha de porco. Prefira os óleos vegetais como óleo de milho, girassol, entre outros.

8- Dê preferência aos alimentos integrais (arroz, pães, farinhas, biscoitos, entre outros).

9- Consuma alimentos naturais em substituição aos industrializados.

10- Cultive o hábito de consumir diariamente frutas, vegetais folhosos crus e legumes.

11- Utilize para temperar sua comida cebola, alho, suco de limão, azeite extra virgem, vinagre ou ervas.

12- Beba bastante água diariamente ( 1,5 a 2,0 L ).

13- Respeite os horários das refeições, mantendo períodos regulares entre elas, não “beliscando” durante os intervalos. O ideal é alimentar-se de 3/3 horas, ou 6 refeições/ dia.

14- Mastigue bem os alimentos.

15- Realize exercícios físicos regulares e evite o sedentarismo, sempre com orientação de seu médico.

16- Evite o stress, por isso: evite levar trabalho para casa; não trabalhe em horários de refeição; durma diariamente 6 a 8 horas, de preferência à noite; procure realizar atividades de relaxamento e lazer; divirta-se.

LEMBRE-SE: O MAIS IMPORTANTE É COLOCAR TUDO ISSO EM PRÁTICA !!!  

 

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista              

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Anemia Ferropriva

10 de Agosto de 2015

Anemia Ferropriva

Anemia ferropriva é o tipo de anemia decorrente da deficiência de ferro dentro do organismo levando à uma diminuição da produção, tamanho e teor de hemoglobina dos glóbulos vermelhos, hemácias.

O ferro é essencial para a produção dos glóbulos vermelhos e seus níveis baixos no sangue comprometem toda cascata de produção das hemácias. Dentro dos glóbulos vermelhos existe uma proteína chamada hemoglobina que tem na sua estrutura bioquímica a presença de moléculas de ferro e de cobalto (o cobalto está presente na vitamina B12). A hemoglobina é a responsável pelo transporte do oxigênio que respiramos até todas as células do corpo humano. Na diminuição desta (hemoglobina) o transporte de oxigênio fica comprometido e várias consequências danosas serão desencadeadas. Estima-se que 90% das anemias sejam causadas por deficiência de ferro.

O principal local de absorção do ferro é no duodeno e jejuno. Depois de absorvido, o ferro se liga à transferrina (proteína que transporta o ferro). Esse ferro é levado à medula óssea, onde precursores eritróides captam o ferro para formar a hemoglobina.

Existem diversas causas para a anemia ferropriva, são elas:

Falta de ferro na alimentação: Continua sendo ainda a causa mais frequente de anemia ferropriva no mundo, principalmente em crianças abaixo de 2 anos e mulheres gestantes.

Diminuição da absorção do ferro pela mucosa intestinal: Várias condições clínicas podem afetar a absorção de ferro na mucosa intestinal. São elas:

Cirurgias que retiram partes do estômago e/ou intestino que afetam a absorção do ferro como gastrectomias por úlceras no estômago e cirurgia bariátrica que retira parte do estômago e do intestino para redução do peso Parasitoses (verminoses) intestinais como ancilostomíase, causada pelo parasita Ancylostoma duodenales, que “roubam” o ferro dos alimentos antes destes ser absorvido pelo intestino Trânsito intestinal acelerado, como nos casos de diarréias frequentes dificultando a absorção do ferro durante sua passagem pelo tubo digestivo que é o local de absorção deste. Doença Celíaca (enteropatia pelo glúten) que leva à diminuição da absorção do ferro causada pela inflamação crônica da mucosa intestinal e diarreias frequentes.

Perda de sangue recorrente causada por:

Fluxo sanguíneo menstrual de grande volume e por muitos dias, condição chamada de hipermenorréia pelos ginecologistas. Também podem ser a causa de sangramentos vaginais excessivos os miomas uterinos Sangramentos crônicos do tubo digestivo causado por úlceras gástricas ou duodenais, câncer gastrointestinal, hemorroidas, divertículos, doenças inflamatórias intestinais em fase aguda como doença de crohn e retocolite ulcerativa varizes esofágicas e parasitoses intestinais Sangramentos constantes pelo nariz (epistaxe) ou pela urina (hematúria e hemossidenúria ) Doenças descamativas da pele que cursam com descamação cutânea excessiva. O fator de risco mais importante para a anemia ferropriva é a dieta deficiente em ferro. Crianças e adolescentes, gestantes e idosos são os públicos mais vulneráveis. Pacientes submetidos à cirurgia bariátrica para redução do peso também correm maior risco de deficiência de ferro. Pessoas que dependem de terceiros para se alimentarem como idosos em asilos ou incapacitados fisicamente também podem ter anemia ferropriva. Pacientes com hipotireoidismo podem desencadear anemia como manifestação secundária. Vegetarianos mal orientados são também grupo de risco.

Sintomas:

Fadiga crônica e desânimo Cansaço aos esforços Pele e mucosas pálidas (descoradas) Tonturas e sensação de desmaio Dores de cabeça e dores nas pernas Geofagia ( vontade incontrolável de comer terra ) Queda de cabelo e unhas fracas e quebradiças Falta de apetite Taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos ) Dificuldade de concentração e lapsos de memória Diminuição do desejo sexual.

Com um simples exame de sangue já é possível confirmar se o paciente está anêmico e se é a carência do ferro a causa. Os exames mais apropriados são:

Hemograma (série vermelha): detecta se a taxa de hemoglobina está baixa e se o formato dos glóbulos vermelhos está alterado. Glóbulos vermelhos muito pequenos (microcitose) e de coloração mais descorada (hipocromia) são dados que confirmam ser a deficiência de ferro a principal causa Ferritina: avalia as reservas de ferro dentro do organismo, que geralmente estão baixas na anemia ferropriva Outros parâmetros como dosagem de ferro e capacidade total de ligação do ferro podem se alterar em outras condições clínicas e não apenas na anemia ferropriva, devendo ser avaliados com cautela para não haver confusão no diagnóstico.

Estes parâmetros acima citados, quando alterados, muitas vezes exigem exames complementares à fim de procurar causas para a carência de ferro. Uma boa anamnese alimentar (entrevista sobre os hábitos alimentares do paciente) pode confirmar uma alimentação pobre em ferro. Quando não parece ser a falta de ferro na alimentação causas secundárias devem ser investigadas exigindo exames como:

Endoscopia Digesta Alta Colonoscopia Exame Parasitológico de Fezes Esfregaço da Medula Óssea Urina Tipo 1 Pesquisa de sangue oculto nas fezes.

Orientação Nutricional:

Os alimentos mais ricos em ferro são:

Carne vermelha Gema de ovo Melaço da cana Folhas verde escuras (rúcula, agrião, couve, espinafre, etc) Leguminosas como feijão, ervilha, grão-de-bico, soja, lentilhas Fígado, miúdos de peru e frango.

Como o ferro de origem vegetal tem uma baixa absorção intestinal recomenda-se acrescentar na mesma refeição alimentos fontes de vitamina C como frutas cítricas (laranja, limão, abacaxi, acerola), pois esta vitamina aumenta a absorção do ferro vegetal na mucosa intestinal. De maneira contrária o cálcio pode diminuir a absorção de ferro de origem animal e alimentos como leite e derivados (queijos, iogurtes) não devem estar na mesma refeição contendo carne vermelha, principalmente quem está tratando de anemia ou corre maior risco de tê-la como as situações citadas nos grupos de risco.

Acrescentar também alimentos enriquecidos com ferro como farinha de trigo e milho são estratégias interessantes para a prevenção da anemia ferropriva. Gestantes devem tomar suplemento de ferro prescritos pelo obstetra para não desencadear esta anemia.

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

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Parceria com a Chef Ana Salles

06 de Agosto de 2015

NOVIDADE!!!

O site Carol Accioly esta trazendo uma novidade. Agora nossas receitas terão um "toque" da Chef Ana Luisa Salles.

Essa parceria une a qualidade dos alimentos, o processo de produção e as trocas inteligentes. Assim ingredientes pouco nutritivos ou modos de preparo não recomendáveis serão substituídos por opções saudáveis sem perder o sabor.

Não deixem de conferir nas Receitas do site.

Abraços da Carol

 

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Acido Úrico X Hiperuricemia

03 de Agosto de 2015

Acido Úrico e as consequências da Hiperuricemia

O ácido úrico está entre as substâncias naturalmente produzidas pelo organismo. Ele surge como resultado da quebra das moléculas de purina – proteína contida em muitos alimentos – por ação de uma enzima chamada xantina oxidase. Depois de utilizadas, as purinas são degradadas e transformadas em ácido úrico. Parte dele permanece no sangue e o restante é eliminado pelos rins.

Os níveis de ácido úrico no sangue podem subir: 

1) porque sua produção aumentou muito;

2) porque a pessoa está eliminando pouco pela urina; 

3) por interferência do uso de certos medicamentos.

Qualquer que seja o mecanismo envolvido citado acima, a consequência final será o acúmulo excessivo de ácido úrico em nosso organismo, principalmente nas articulações (Chamamos esta situação de gota, mais frequente em homens do que em mulheres) e no próprio rim, aumentando também a chance de formar cálculos nos rins, quadro bastante desconfortável e aumentando a chance de alterar o bom funcionamento deste importante órgão. 

Estudos recentes realizados no Instituto do Coração de São Paulo mostram que níveis elevados de ácido úrico no sangue aumentam o risco de desenvolver acidentes cardiovasculares.

Agora que ficou mais claro o porquê do ácido úrico se elevar dentro do corpo veja como deve ser feita sua correção. A princípio, exames laboratoriais específicos devem ser solicitados pelo médico para diagnosticar corretamente esta condição clínica e, inclusive, diferenciar se o paciente faz parte do grupo dos hiperprodutores ou do grupo dos hipoexcretores, já que para cada caso existem medicamentos adequados para ajudar a controlar o excesso do ácido úrico no sangue. 

Sabe-se também que vários fatores paralelos podem contribuir e muito para a elevação do ácido úrico, como obesidade, hipertensão arterial, síndrome metabólica, consumo excessivo de álcool, doenças renais crônicas e uso de diuréticos, tiazídicos, e salicilatos em baixas doses. Todos estes fatores contribuintes devem ser corrigidos com os tratamentos. 

Valor de referência de ácido úrico no sangue:

• Mulher: 2,4 - 6,0 mg/dL

• Homem: 3,4 - 7,0 mg/dL

Valor de referência de ácido úrico na urina:

• Homem e mulher: 0,24 - 0,75 g/dia.

O mais comum é que os valores do paciente estejam acima dos valores de referência e, por isso, deve-se iniciar o tratamento para ácido úrico alto. Mais raro, é o surgimento de ácido úrico baixo pois está relacionado com problemas congênitos, como Doença de Wilson.

Portadores desse distúrbio metabólico devem evitar o estresse físico, o uso de diuréticos e de anti-inflamatórios, assim como devem evitar a ingestão excessiva de alimentos e bebidas ricos em purina (carne vermelha, frutos do mar, peixes, como sardinha e salmão, e miúdos).

Como leite e derivados parecem melhorar a eliminação do ácido úrico, devem ser incluídos na dieta que, acima de tudo, precisa ser saudável e favorecer o controle da obesidade e da hipertensão.

Além da alimentação pouco calórica, quando necessário, podem ser indicados medicamentos para inibir a produção de ácido úrico (alopurinol) ou para aumentar sua excreção (probenecide e sulfinpirazona). Algumas pessoas precisam dos dois tipos porque têm excesso de produção e dificuldade de excreção dessa substância.

O cuidado na alimentação das pessoas com hiperuricemia deve ser uma prioridade, já que vários alimentos são fontes de purinas que entram na formação do ácido úrico. Os mais contraindicados são: 

• Condimentos como caldos de galinha ou carne

• Vísceras como: coração de galinha, rim, fígado, moelas, miolo.

• Alimentos embutidos: salsicha, presunto, mortadela, linguiça.

• Ovas de peixe e molhos à base de carne.

• Peixes: sardinha, anchova, cavala, arenque, manjuba.

• Mexilhão - Bebidas alcoólicas: principalmente a cerveja.

Alguns alimentos devem ter seu consumo diminuídos, mas não necessariamente eliminados, como: carnes, peixes, aves, mariscos. 

Embora alguns alimentos fontes de proteínas vegetais sempre foram excluídos do cardápio das pessoas com excesso de ácido úrico, estudos recentes concluíram que não são desencadeadores do quadro de Gota, sendo eles: espinafre, couve-flor, cogumelos comestíveis, lentilha, feijões e ervilhas. Ou seja, não precisa eliminá-los do cardápio, mas seu exagero não é prudente. 

Outros vilões na alimentação também parecem contribuir para o risco do desenvolvimento da Gota, segundo estudos atuais: a frutose, utilizada pela indústria alimentícia nas bebidas açucaradas como refrigerantes e sucos artificiais. A gordura saturada em excesso (banha de porco, cortes gordurosos de carne vermelha e de porco, manteiga, bacon, queijos amarelos) e o exagero nos carboidratos refinados (açúcar, pão branco, bolos, bolachas, massas, arroz branco, etc) parecem contribuir para o risco da gota. 

Existem alimentos e nutrientes que parecem conferir uma certa proteção contra o desencadeamento da gota e deveriam fazer parte da estratégia alimentar dos pacientes com maior risco: como por exemplo alimentos com efeito alcalinizante como:

• Sementes de abóbora;

• Salsa, coentros, alho;

• Cebola, cenoura, alface, pepino, nabo, couve, beterraba, tomate;

• Abacate, laranja azeda e limão.

Outros alimentos permitidos são aqueles que não aumentam a acidez do sangue como cereais integrais, frutas e verduras em geral.

Como resumo vale ressaltar que os cuidados na alimentação são cruciais para a prevenção ou para o melhor controle da gota, doença ainda muito incidente em nosso meio e bastante debilitante. 

Qualquer dieta específica para reduzir o ácido úrico deve ser estipulada e acompanhada por um profissional qualificado como o nutricionista.

 

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

 

Fotos de Pacientes com Gota - Na mão e no Pé

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Doença do Refluxo Gastroesofágico - DRGE

Trata-se de um dos problemas mais comuns relacionados ao aparelho digestivo. Estima-se que cerca de 45% da população ocidental relate a ocorrência de um episódio de refluxo por mês e que 5 a 10% destes indivíduos façam referência diária ao sintoma. O refluxo é mais comum em idosos e em gestantes. 

A doença do refluxo gastroesofágico ou DRGE ocorre quando o esfíncter inferior do esôfago (EIE) não se fecha apropriadamente e o conteúdo do estômago extravasa de volta para o esôfago. O EIE é um anel de músculo na parte inferior do esôfago que age como uma válvula entre o esôfago e o estômago. 

Quando o ácido refluído do estômago toca a parede do esôfago, ele causa uma sensação de queimação no tórax ou garganta denominada pirose (azia). O gosto do líquido pode até ser sentido na parte de trás da boca e é chamado de indigestão ácida. A azia que ocorre mais que duas vezes numa semana pode ser considerada DRGE e ela pode, eventualmente, conduzir a problemas mais sérios de saúde. 

Qualquer um, incluindo bebês, crianças e mulheres grávidas, podem ter DRGE. 

Os principais sintomas de DRGE são azia persistente e regurgitação de ácido. Algumas pessoas têm DRGE sem azia. Ao invés, elas apresentam dor no tórax, rouquidão pela manhã ou dificuldades para engolir. 
Convém mencionar, no entanto, que existe marcada correlação entre o tempo de duração dos sintomas e aumento do risco para o desenvolvimento do esôfago de Barrett e adenocarcinoma do esôfago. Os pacientes que apresentam manifestações de alarme são passíveis de uma conduta diagnóstica inicial mais agressiva. São consideradas manifestações de alarme: disfagia, odinofagia, anemia, hemorragia digestiva e emagrecimento, história familiar de câncer, náuseas e vômitos, além de sintomas de grande intensidade e/ou de ocorrência noturna. É preciso lembrar que a ausência de sintomas típicos não exclui o diagnóstico da DRGE, uma vez que outras manifestações relacionadas com o refluxo gastroesofágico têm sido descritas e consideradas como manifestações atípicas

Muitas vezes também são solicitados exames para se avaliar o grau de agressividade da doença

Esofagograma com bário ou Seriografia Esôfago-Estômago-Duodeno: este é um teste em que você recebe um líquido branco para tomar (o contraste) enquanto são realizadas radiografias para delinear a anatomia do trato digestivo superior.

Endoscopia: o exame compreende a inserção de um tubo flexível com iluminação e uma microcâmara na ponta, o qual é introduzido pela boca em direção ao estômago. Assim pode-se ver diretamente eventuais lesões (por exemplo a inflamação do esôfago decorrente do refluxo - a "esofagite").

Manometria e pHmetria esofágicas: estes exames envolvem a inserção de um pequeno tubo flexível através do nariz em direção ao esôfago e estômago, com o objetivo de medir as pressões e a função do esôfago. Com o exame, o grau do refluxo de ácido pode ser medido. É indicado em alguns casos, como por exemplo naqueles com má resposta ao tratamento, no caso de manifestações atípicas da DRGE e na avaliação pré-operatória.

Ninguém sabe porque as pessoas têm DRGE. Uma hérnia de hiato pode contribuir. A hérnia de hiato ocorre quando a parte alta do estômago está acima do diafragma, a parede muscular que separa o estômago do tórax. O diafragma ajuda o EIE a manter o ácido no estômago, impedindo que suba para o esôfago. Quando uma hérnia de hiato está presente, é mais fácil do ácido subir. Desta maneira, uma hérnia de hiato pode causar refluxo. A hérnia de hiato pode ocorrer em pessoas de qualquer idade; muitas pessoas sadias acima de 50 anos têm uma pequena. 

Outros fatores como ingestão de bebidas alcoólicas, sobrepeso, gravidez e fumo contribuem para DRGE.

Tratamento Clinico:

Elevação da cabeceira da cama (15 cm)

·     Moderar a ingestão dos seguintes alimentos, na dependência da correlação com sintomas: gordurosos, cítricos, café, bebidas alcoólicas, bebidas gasosas, menta, hortelã, produtos à base de tomate, chocolate

·      Cuidados especiais com medicamentos potencialmente “de risco”, como colinérgicos, teofilina, bloqueadores de canal de cálcio, alendronato

·      Evitar deitar-se nas duas horas posteriores às refeições

·      Suspensão do fumo

·      Redução do peso corporal em obesos

Medicamentos

     Seu médico pode recomendar o uso de antiácidos quando necessário, que você pode comprar sem uma receita, ou medicamentos que interrompem a produção de ácido ou ajudam os músculos que esvaziam seu estômago. Antiácidos são geralmente as primeiras drogas recomendadas para aliviar a azia e outros sintomas leves da DRGE. Muitas marcas no mercado usam combinações diferentes de três sais básicos - com íons de hidróxido ou bicarbonato para neutralizar o ácido no seu estômago. Os antiácidos, entretanto, tem efeitos colaterais. Os sais de magnésio podem ocasionar diarréia e os sais de alumínio constipação. Os sais de magnésio e alumínio são freqüentemente combinados num único produto para balancear estes efeitos. Os antiácidos de carbonato de cálcio podem ser uma fonte suplementar de cálcio. 


- Bloqueadores-H2, tais como a cimetidina (Tagamet), famotidina (famoset, famox), nizatidina (Axid) e ranitidine (Antak), impedem a produção de ácido. Estas drogas dão um alívio temporário. Não devem ser ingeridas sem receita médica por mais que umas poucas semanas de tempo. Elas são eficientes em metade daquelas que têm sintomas de DRGE. Muitas pessoas se beneficiam ao tomar bloqueadores-H2 ao se deitar em associação com um inibidor da bomba de prótons. 
Inibidores da bomba de prótons incluem o omeprazol (Losec), pantoprazol (Pantozol), lansoprazol (Prazol), rabeprazol (Pariet) e esomeprazol (Nexium), os quais são disponíveis mediante receita médica. Os inibidores da bomba de prótons são mais eficientes que os bloqueadores H2 e podem, aliviar os sintomas.

Um outro grupo de drogas, os procinéticos, ajuda a fortalecer o esfíncter e faz o estômago esvaziar mais fácil. Este grupo inclui o betanecol, metoclopramida (Plasil), bromoprida (Plamet) e domperidona (Motilium). A metoclopramida também melhora a ação muscular no trato digestivo, mas estas drogas tem efeitos colaterais freqüentes. 

Uma vez que as drogas agem por diferentes caminhos, a combinação de drogas pode ajudar a controlar os sintomas. As pessoas que têm azia depois de comer podem tomar antiácidos e bloqueadores-H2. Os antiácidos agem primeiro para neutralizar o ácido no estômago, enquanto que os bloqueadores-H2 agem na produção de ácido. Quando termina a ação dos antiácidos, os bloqueadores-H2 interromperão a produção de ácido. Seu médico é a melhor fonte de informação de como utilizar os medicamentos para DRGE. 

Tratamento Cirúrgico

Pacientes que não respondem satisfatoriamente ao tratamento clínico, inclusive aqueles com manifestações atípicas cujo refluxo foi devidamente comprovado.

- Fundoplicatura, geralmente uma variação específica chamada Nissen, é o tratamento cirúrgico padrão para a DRGE. A parte alta do estômago é "engravatada" em torno do EIE para fortalecer o esfíncter e prevenir o refluxo de ácido e para reparar a hérnia de hiato. Nenhuma parte do estômago é cortada e retirada. 
Este procedimento pode ser realizado usando um laparoscópio e requer somente pequenas incisões no abdome. Para realizar a fundoplicatura os cirurgiões usam pequenos instrumentos que levam uma pequena câmara. A fundoplicatura laparoscópica tem sido usada de maneira segura e eficiente em pessoas de todas as idades, inclusive bebês. Quando realizada por cirurgiões experientes, o procedimento é tão bom quanto a cirurgia padrão (aberta). E mais, as pessoas podem deixar o hospital em 1 a 3 dias e retornar ao trabalho em 2 a 3 semanas. 

Algumas vezes a DRGE pode causar complicações sérias. A inflamação do esôfago pelo ácido do estômago causa sangramento ou úlceras. E mais, as cicatrizes da lesão tecidual podem estreitar o esôfago e tornar a deglutição difícil. Algumas pessoas desenvolvem esôfago de Barrett, onde as células da parede do esôfago tomam uma forma e cor anormal, o qual com o tempo podem levar ao câncer. 

Também, estudos mostram que a asma, tosse crônica e fibrose pulmonar podem ser agravados ou mesmo causados pela DRGE. 

Manter um peso saudável e fazer visitas frequentes ao médico é uma boa forma de prevenir não só a doença do refluxo gastroesofágico, como também outras doenças do trato digestivo. Evitar o fumo e o consumo excessivo de bebidas alcóolicas também pode ajudar a impedir a doença.

Orientação Nutricional para DRGE

 Evitar:

1. Alimentos Fritos e/ou com preparações gordurosas.

2. Alimentos Crus.

3. Doces Concentrados; doces em compotas, qualquer tipo de alimento que contenha açúcar; como bolos, tortas, balas, chocolates, geléias.

4. Bebidas Gasosas e Alcóolicas: Refrigerantes, Água, Cerveja.

5. Bebidas com Cafeína: Café (inclusive o descafeinado), chá preto, chá mate, guaraná natural.

6. Leite e Derivados em excesso. (> 2 porções no dia)

7. Condimentos: Mostarda, Catchup, pimenta, noz moscada, páprica, cravo da índia.

8. Alimentos industrializados: Sopas prontas, caldo de carne, galinha, legumes, bacon, molhos.

9. Líquidos em excesso durante as refeições. O ideal é beber apenas uma hora antes e uma hora depois.

10. Períodos de jejum ou excesso de alimentação.

11. Não dormir com o estômago muito cheio. Evite comer e deitar.

12. Evitar cigarros.

Preferir:

1. Proteína: carne, frango, peixe em preparações assadas, ensopadas ou grelhadas. E dê preferência a elas subdivididas, desfiadas, picadas, moídas.

2. Hortaliças: abóbora, aipim, cenoura, abobrinha, beterraba, batata, inhame, tomate sem pele.

3. Frutas: Banana, maçã, pêra, pêssego, damasco. De preferência a frutas cozidas.

4. Chás: Camomila, erva doce, erva cidreira, melissa, espinheira santa.

5. Gengibre

6. Leite: desnatado – derivados: Iogurte desnatado, ricota, requeijão light.

7. Evitar refogados. Preferir a gordura crua como Azeite extra virgem.

8. Mastigar bem os alimentos.

9. Fazer pequenas refeições várias vezes ao dia (6 refeições).

10. Leguminosas: Colocar o feijão em água fervente por 3 min e deixar de molho por 2 horas, desprezar a água, acrescentar nova água em temperatura ambiente por mais de 2 horas, escorrer novamente, acrescentar nova água e deixar de molho da noite para o dia, escorrer e cozinhar com louro, gengibre e alho com nova água por aprox. 75 a 90 min.

 

 

 

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista 

 

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Diverticulose X Diverticulite

21 de Julho de 2015

Doença Diverticular X Diverticulite

A diverticulose é um quadro clínico comum no qual pequenas bolsas se formam projetando-se para fora do cólon (intestino grosso) por pressão exercida em pontos frágeis da parede intestinal. Essas pequenas bolsas se chamam divertículos. Quando elas infeccionam ou inflamam, o quadro clínico passa a se chamar diverticulite.

Se um desses divertículos infeccionados se rompe, a infecção pode espalhar-se por todo o abdome. Isso é conhecido como peritonite e pode representar um perigo de vida.

Qual é a causa da diverticulose?

Acredita-se que uma dieta pobre em fibras e prisão de ventre sejam as causas da doença diverticular. Essa enfermidade começou a ser notada quando alimentos processados, com baixo teor de fibras, foram introduzidos na dieta americana. Desde então, a doença diverticular tornou-se comum em países desenvolvidos, tais como os Estados Unidos, Inglaterra e Austrália, onde dietas pobres em fibras são comuns. Uma dieta pobre em fibras resulta em prisão de ventre. Com ela ocorre a dificuldade de evacuar fezes endurecidas, o que faz o cólon exercer mais pressão para empurrá-las adiante. O aumento de pressão, com o tempo, faz com que pontos frágeis do cólon se projetem para fora da parede intestinal, formando divertículos. Acredita-se que a causa da diverticulite esteja no acúmulo de fezes e bactérias que ficam presas nos divertículos. A diverticulite pode desenvolver-se de repente e sem sintomas prévios.

Quais são os sintomas?

Diverticulose:

• Pode não haver nenhum sintoma

• Cólicas leves

• Distensão / inchaço abdominal

• Prisão de ventre

• Sangramento pelo reto

Diverticulite:

· Dor abdominal, cólicas, vômitos, Sensibilidade em torno do lado esquerdo do abdome

· Sintomas de infecção: febre, enjôo, vômito, calafrios

Quais são as complicações da diverticulite?

A diverticulite pode resultar em sangramento, infecções, abscessos, perfuração (rasgos / rupturas do cólon), peritonite (infecção de todo o abdome) e/ou obstrução intestinal. Essas complicações são graves e devem ser tratadas imediatamente.

Como se faz o diagnóstico da diverticulose e diverticulite?

O médico fará um levantamento do histórico de saúde e realizará um exame médico, solicitando exames diagnósticos na mesma ocasião. Se os sintomas forem brandos, tais como inchaço / distensão abdominal, cólicas leves e prisão -de ventre, talvez sejam solicitados exames tais como colonoscopia, sigmoidoscopia ou enema de bário. Todos esses procedimentos possibilitam ao médico “ver” o cólon internamente. Se os sintomas forem mais graves, talvez o médico prefira não realizar um dos procedimentos mais invasivos acima mencionados. Em lugar deles, talvez solicite exames comuns de radiografia e tomografia abdominal para determinar o grau de inflamação do cólon antes de tentar algum procedimento endoscópico mais invasivo.

Como se faz o tratamento da diverticulose e da diverticulite?

Para diverticulose, o médico poderá recomendar um aumento tanto de líquidos como de fibras na dieta a fim de reduzir a prisão de ventre e o potencial da diverticulite. Uma dieta rica em fibras, juntamente com maior quantidade de líquidos, poderá ajudar a manter as fezes moles e diminuir a pressão exercida dentro do cólon, de modo que o conteúdo intestinal possa avançar mais facilmente.

O tratamento da diverticulite poderá incluir antibióticos, uma dieta limitada a líquidos claros para descansar o cólon, e a minimização das complicações. Caso esse tratamento não seja bem sucedido, ou se a crise de diverticulite for grave, o médico poderá aconselhar cirurgia para remover a parte afetada do cólon. Uma cirurgia de emergência é realizada quando existe algum abscesso, ruptura, infecção, hemorragia ou obstrução.

Orientação Nutricional para doença diverticular:

Retirar alimentos com sementes que não podem ser removidas como, por exemplo, quiabo, jiló, berinjela, kiwi, morango, entre outros. Aqueles que possuemsementes que podem ser retiradas devem ser usados, como por exemplo, goiaba, melancia, vagem, ervilha, tomate, entre outros;

ü  Não utilizar alimentos com sementes de gergelim e linhaça inteiras;

ü  Preferir o consumo de produtos integrais, como arroz, pães biscoitos;

ü  Legumes e verduras (crus sempre que possível) devem ser 
consumidos como: aspargo fresco, espinafre, chicória, repolho, brócolis, 
couve-flor, aipo, cenoura crua e couve – de - bruxelas;

ü  Frutas, sempre que possível com a casca e o bagaço, também devem 
ser consumidas como: laranja, pera, tangerina, caqui, mamão e 
ameixa;

ü  Evitar o consumo dos alimentos constipantes como: maçã, banana prata, caju, goiaba, limão, maisena, creme de arroz, mucilon de arroz, chá preto, refrigerantes, arroz, cenoura cozida, batata (todos os tipos), aipim, farinha de mandioca, pães brancos e massas;

ü  Sempre que possível utilize o farelo de aveia ou de trigo para polvilhar frutas ou acrescentar em iogurte ou suco de frutas;

ü  É aconselhável ingerir pouca carne vermelha, preferindo as carnes brancas (peixes e aves);

Importante ingerir bastante líquido durante o dia (em torno de 1,5 a 2 litros por dia ou 5 a 6 copos de 200 ml).

Orientação Nutricional para diverticulite:

Evitar:

Sementes de alimentos (pães e biscoitos com gergelim, quiabo, tomate, goiaba, abobrinha, pepino, uva, kiwi, maxixe, berinjela, abobrinha, jiló, maracujá, vagem, melancia);

Alto consumo de gorduras (contração do músculo liso do cólon):

Leite/iogurtes integrais, creme de leite, queijo prato, parmesão, manteiga, frituras, biscoitos recheados, temperos prontos (cubos concentrados ou em pó), lingüiça, mortadela, salame, massas ao molho branco e com queijo, maionese;

Alimentos flatulentos: brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas, pepino, repolho, pimentão, abacate, melancia, melão e uva;

Açúcares e doces concentrados;

Alimentos que causem cólicas ou desconforto.

   

        

 

 Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

 

 

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