Trocas Inteligentes

07 de Março de 2016

Trocas Inteligentes

Usamos o termo "trocas Inteligentes" na Nutrição, para trocar alimentos não saudáveis em suas receitas, para alimentos saudáveis, tornando assim uma boa fonte de sabor e saúde nas suas refeições.

Leite

Leite integral: rico em cálcio, o leite ajuda a fortalecer os ossos. Porém, possui bastantes açúcares е gorduras еm ѕuа composição, devendo ser evitado por quem quer perder peso.

Trocar por:

Leite Desnatado: tem 0% de gordura, poucas calorias e conserva os nutrientes, sendo ideal para a dieta. Além disso, possui quantidades similares de proteínas, fósforo, potássio e até mesmo de cálcio que o leite integral.

Leites vegetais (arroz, amêndoas, etc): seguros para quem tem intol­erân­cia à lac­tose e alternativa econômica para fazer em casa.

Pão

Pão branco: também conhecido como pão francês ou pão de sal. É rico em carboidratos simples e apresenta alto índice glicêmico.

Trocar por: 

Pão integral: contém fibras que diminuem o índice glicêmico. Além disso, são mantidos as vitaminas e os minerais dos cereais durante sua fabricação. 

Tapioca: opção sem glúten, mas como não tem fibras, é ideal combiná-la com uma proteína magra ou fibras. 

Pão de queijo de frigideira: sem glúten e cheio de proteína.

Açúcar

Açúcar refinado: resultado de um processo químico, este açúcar é pobre em nutrientes e rico em calorias.

Trocar por: 

Açúcar mascavo: ele preserva nutrientes, como vitaminas e minerais, benéficos à saúde. É o açúcar bruto. Mas continua sendo calórico.

Açúcar Demerara: passa por um refinamento leve, mas não recebe aditivo químico nenhum. De aspecto granulado, assemelha-se ao açúcar cristal. Tem valores calóricos altos, assim como o mascavo, mas não deixa cor na comida.

Mel: rico em muitos nutrientes, inclusive possui antioxidante.

Açúcar de coco (Nira): possui vitaminas e é rico em nutrientes, como zinco, ferro e potássio.

Adoçante: é um produto para quem quer diminuir calorias. Se consumido de maneira correta e não exagerar, não tem problema.

Agave: é um adoçante orgânico. Possui menos calorias e menor índice glicêmico que o açúcar e o mel, ajudando na dieta.

Suco

Suco de caixinha e refrigerante: a maior parte das bebidas é açúcar e aditivos químicos.

Trocar por: 

Suco natural: o suco ajuda nosso corpo a assimilar os valiosos nutrientes encontrados nos alimentos. Opte por tomá-los sem adição de açúcar e não exagere, pois tem calorias. 

Água: essencial para manter as funções vitais do organismo.

Água aromatizada: que tal dar um saborzinho à água? Adicionar frutas e ervas é uma dica. 

Água de coco: rica em potássio e outros nutrientes. Tem poucas calorias. 

Chás: trazem diversos benefícios. Alguns como o chá verde ou o de hibisco ajudam a emagrecer. Outros, como hortelã e camomila, acalmam.

Queijo

Queijo Amarelo: apesar de saborosos, os queijos amarelos possuem alto teor calórico.

Trocar por: 

Queijo branco: aposte no cottage, ele é o queijo mais magrinho. Inclusive tem opção livre de lactose. Ricota e minas também valem.

Sal

Sal: consumido em excesso pode levar ao aumento da pressão sanguínea e doenças renais, cardíacas e cerebrais, como o infarto e o AVC (derrame).

Trocar por: 

Outros temperos: abuse dos temperos e ervas como alho, cebola, alecrim e  cominho. Para aromatizar o sal e fazê-lo render, adicione ervas secas a ele.

Sal Marinho

Sal Rosa do Himalaya

Sal Grosso

Caldos Caseiros

Fritura

Frituras: são ricas em gorduras e muito calóricas.

Trocar por: 

Grelhados e assados: preservam os nutrientes dos alimentos, possuem menos calorias e controlam o colesterol.

Barra de chocolate

Trocar por:

Barrinha de cereal com chocolate: a troca pode não ter tanta diferença na quantidade de calorias (já que chocolate é chocolate) mas em compensação a barrinha de cereal com chocolate tem mais nutrientes e mais fibras que ajudam o trabalho do intestino e a enganar a fome por mais tempo.

Sorvete

Troca por:

Frozen yogurt:o sorvete normalmente contém mais açúcar refinado e gordura hidrogenada, então são super calóricos. Já o frozen yogurt tem uma certa quantidade de calorias, porém muito mais nutrientes que fazem bem à saúde do intestino. Você ainda pode acrescentar frutas ao frozen, deixando-o uma sobremesa mais gostosa, refrescante e saudável.

Refrigerante

Troca por:

Refrescos e sucos naturais: o refrigerante normal tem muito açúcar e o refrigerante zero tem uma quantidade de sódio muito grande, o que aumenta a quantidade de líquido retido, fazendo você ficar inchada. Ao invés de refrigerante você pode optar por refresco de laranja, de caju, goiaba, de qualquer outra fruta natural, sem ser industrializado, pois contêm corantes. Os sucos têm mais calorias que os refrescos de frutas, desde que esses sejam adoçados com adoçantes.

Pizza

Troca por:

Wrap: uma fatia de pizza é muito calórica e vai deixar sua dieta em risco, com toda certeza. Wrap é um pão muito fino que você pode colocar molho, tomate, queijo, orégano e fazer sua pizza mais magrinha, sem tantas calorias e, além disso, ainda pode variar de receitas.

Biscoito recheado

Troca por:

Biscoito simples: é melhor trocar o biscoito recheado de chocolate ou morango por biscoito simples, seja água e sal ou maisena, recheados com geleia de frutas diet. Vai ser uma troca mais exótica e mais saudável. 

Massa

Troca por:

Massa integral: tanto macarrão quanto outras massas que são feitas com farinha branca têm suas versões integrais. O macarrão integral tem mais nutrientes e mais fibras que o macarrão comum.

Farinha branca

Troca por:

Farinha integral: a farinha integral tem mais fibras e mais nutrientes que a farinha branca, então você pode fazer bolo, pão, pizza, panquecas, tudo que quiser usando farinha integral.

Molhos e extratos de Tomate Industrializados

Trocar por:

Molho de tomate caseiro: Resultado de preparações com menos sódio e Gordura

Creme de Leite

Trocar por:

Creme de leite de soja 

Iogurte desnatado

Margarina e Manteiga

Trocar por:

Azeite extra virgem

Achocolatados

Trocar por:

Cacau em pó (100%)

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

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Síndrome de Realimentação

21 de Fevereiro de 2016

Síndrome de Realimentação

A síndrome de realimentação (SR) representa um grupo de sinais e sintomas clínicos comumente observados em pacientes gravemente desnutridos.

É uma manifestação clínica complexa, abrangendo alterações hidroletroliticas, associadas á anormalidades metabólicas, que podem ocorrer em consequência do suporte nutricional em pacientes severamente desnutridos. Caracteriza-se por alterações respiratórias, arritmias e falência cardíaca, poucos dias após a alimentação.

Geralmente ocorre na realimentação após jejum superior a 07 ( sete ) dias em associação a condições diversas, como deficiências nutricionais prévias, período pré-operatório de cirurgia de grande porte, diabetes mellitus descompensado, quimioterapia, nutrição parenteral sem adequada administração de vitaminas ou minerais, administração de aporte energético excessivo e, ainda, na falta de monitoramento e reposição adequada de eletrólitos.

Ocorre redução nos níveis séricos de eletrólitos (fósforo, magnésio e potássio) e, até mesmo, alteração na homeostase da glicose, principalmente na realimentação com carboidratos ou com aporte energético excessivo.

Embora a característica principal seja a hipofosfatemia, outras alterações bioquímicas vêm sendo consideradas importantes, incluindo as mudanças no metabolismo da glicose, proteína e lipídios e deficiência de tiamina, hipocalemia (deficiência de potássio) e hipomagnesemia (deficiência de magnésio).

 

Manifestações Clínicas:

- Hipofosfatemia:

Cardiovascular

ICC, arritmia, hipotensão, cardiomiopatia,

choque e morte

Renal

Necrose tubular aguda, acidose metabólica

Músculo Esquelético

Rabdomiólise, fraqueza, mialgia e

fraqueza diafragmática

Neurológica

Delírio e coma

Sistema Endócrino

Hiperglicemia, resistência insulínica e

osteomalacia

Hematológico

Hemólise, trombocitopenia e disfunção leucocitária

 

- Hipocalemia:

Cardiovascular

Arritmia ventricular, hipotensão, bradicardia ou taquicardia

Respiratório

Hipoventilação e falência respiratória

Músculo Esquelético

Fraqueza e fadiga

TGI

Diarréia ou constipação, náusea, vômito,

anorexia e íleo

Metabólico

Alcalose metabólica

 

- Hipomagnesemia:

Cardiovascular

Arritmias

Neuromuscular

Fraqueza, fadiga, ataxia, parestesia, alucinações, depressão e convulsão

Respiratório

Hipoventilação e falência respiratória

TGI

Dor abdominal, diarréia ou constipação,

vômito e anorexia

Outras

Anemia e hipocalemia

 

- Deficiência de Tiamina:

Neurológica

Síndrome de Wernicke-Korsakoff e psicose

Cardiovascular

ICC e beriberi

Metabólica

Acidose lática

Músculo esquelético

Fraqueza

 

A desnutrição, freqüente em pacientes hospitalizados, deve ser prevenida e tratada, pois o estado nutricional prejudicado aumenta o risco de complicações e piora a evolução clínica dos pacientes.

Os sintomas variam de leve a grave, dependendo do tempo de jejum ou grau da desnutrição e da terapia nutricional instituída. Assim, quando não prevenida, esta condição pode levar a graves alterações, sendo fundamental detectar os pacientes de risco precocemente, evitando as alterações relacionadas com esta condição clínica.

Primeiramente, deve-se identificar o pacientes em alto risco para o desenvolvimento da SR, como demonstrado a seguir:

- Pacientes oncológicos;
- Alcoolismo crônico;
- Pacientes no pós-operatório;
- Anorexia nervosa;
- Idosos (com comorbidades associadas);
- Diabetes mellitus descompensada (depleção de eletrólitos, diurese);
- Desnutrição crônica: marasmo, jejum/dieta hipocalórica prolongada, obesidade grave com perda de peso profunda, síndromes de má absorção (doença inflamatória intestinal, pancreatite crônica, fibrose cística, síndrome do intestino curto);
- Usuários crônicos de antiácidos;
- Usuários crônicos de diuréticos.

Como evitar?

Avaliação criteriosa das necessidades metabólicas dos Idosos e Desnutridos graves

Progressão lenta do aporte calórico Monitorar eletrólitos na primeira semana Pesar diariamente – Observar retenção hídrica Suplementar Tiamina

 

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

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Comorbidades Esofagianas

14 de Fevereiro de 2016

ACALASIA

Ausência de relaxamento com subseqüente dilatação do esôfago. Caracteriza-se clinicamente por disfagia progressiva e regurgitação.

Os estudos mostram três grandes anormalidades da acalasia:

aperistalse; relaxamento parcial ou incompleto do EEI; aumento do tônus basal do EEI.

O sintoma clínico clássico da acalasia é a disfagia progressiva. Pode ocorrer regurgitação noturna e aspiração do alimento não digerido.

Complicações: manifestação de carcinoma esofagiano, esofagite, divertículos esofagianos inferiores e aspiração com pneumonia ou obstrução das vias aéreas.

Tratamento: todas as formas de terapia são dirigidas ao alívio da obstrução. O esvaziamento esofagiano e a melhora dos sintomas pode ocorrer com dinitrato de isossorbida ou nifedipina (bloqueador dos canais de cálcio), dilatação mecânica (balão pneumático) e cirúrgica (quando há falha da dilatação ou grande risco de perfuração, realiza-se a secção direta do músculo EEI, poupando as fibras musculares gástricas para prevenir refluxo pós-operatório).

ESOFAGITE

Lesão da mucosa esofagiana com subseqüente inflamação. Pode ser decorrente de:

refluxo de conteúdo gástrico; intubação gástrica prolongada; ingestão de irritantes: álcool, ácidos ou álcalis corrosivos, líquidos excessivamente quentes e fumo inveterado; terapia anticancerosa (quimioterapia e radioterapia); infecção após bacteriemia ou viremia; infecção fúngica nos pacientes debilitados ou imunossuprimidos (candidíase é a mais comum);

O refluxo do conteúdo gástrico (esofagite de refluxo) é a primeira e a mais proeminente causa de esofagite. São implicados muitos fatores causais:

menor eficácia dos mecanismos esofagianos anti-refluxo; depuração esofagiana inadequada ou lenta do material refluído; presença de hérnia hiatal por deslizamento; maior volume gástrico, que contribui para o volume do material refluído. redução na capacidade de reparo da mucosa esofagiana por exposição prolongada aos sucos gástricos.

As muitas causas de esofagite exibem seus próprios aspectos característicos. A via final comum para todas elas é uma inflamação aguda intensa, uma necrose superficial e uma ulceração com a formação de tecido de granulação, acúmulo de detritos purulentos e eventual fibrose.  

As manifestações clínicas consistem principalmente em disfagia, azia, queimação retroesternal, hematêmese ou melena. O dano anatômico parece mais correlacionado com a exposição prolongada do esôfago inferior ao material refluído.

Tratamento: tem o objetivo de amenizar os sintomas e cicatrizar o tecido. Medidas simples (elevação da cabeceira da cama, eliminar o fumo, evitar o uso de roupas apertadas ao redor da cintura e utilizar antiácidos 01 hora após as refeições, ao deitar-se e S.O.S. Tratamento sistêmico: uso de antagonistas dos receptores H2, agentes procinéticos (metoclopramida) ou inibidor da bomba de prótons (omeprazol). Tratamento cirúrgico: restauração da competência esfincteriana (fundoplicadura).

Esôfago de Barrett

Afecção na qual parte do epitélio escamoso normal do esôfago é substituído por um epitélio colunar metaplásico em decorrência do RGE Principal fator de risco: RGE Sintomas: pirose, regurgitação de ácido, disfagia, hematêmese, melena, anemia, anorexia, perda de peso e manifestações extra-esofágicas (tosse) Alguns pacientes têm pouco ou nenhum sintoma ® redução da sensibilidade dessa área Tratamento: Cirurgias anti-refluxo - pacientes não responsivos ao tratamento clínico Esofagectomia - displasia de alto grau

HÉRNIA DE HIATO 

Caracteriza-se pela separação dos pilares diafragmáticos e alargamento do espaço entre os pilares musculares e a parede esofagiana.

Hérnia por deslizamento

Protusão do estômago acima do diafragma cria uma dilatação com formato de sino, limitada em baixo pelo estreitamento diafragmático.

Hérnia por rolamento

Uma porção separada do estômago, habitualmente ao longo da grande curvatura, penetra no tórax através do forame diafragmático alargado.

A causa da hérnia de hiato é desconhecida. A esofagite de refluxo é observada com freqüência na hérnias por deslizamento, mas o comprometimento do EEI com regurgitação dos sucos pépticos para dentro do esôfago pode representar muito mais o resultado que a causa de uma hérnia de deslizamento.

Sintomas como azia ou regurgitação podem ser atribuídos à incompetência do EEI e são acentuados pelas posições que favorecem o refluxo (inclinar-se para adiante, dormir em decúbito dorsal) e pela obesidade.

Complicações: ulceração que pode levar a sangramento e perfuração.

TUMOR DE ESÔFAGO

O carcinoma do epitélio esofagiano, tanto de células escamosas (epidermóide) quanto o adenocarcinoma, é incontestavelmente o tumor mais comum e importante do esôfago. Fatores associados com o surgimento de carcinoma do esôfago:

dietéticos: deficiência de vitamina (C, A, riboflavina, tiamina, piridoxina), deficiência de oligoelementos (zinco, molibdênio), contaminação fúngica dos gêneros alimentícios e alto conteúdo de nitritos/nitrosaminas;  estilo de vida: consumo de álcool e abuso de tabaco; distúrbios esofagianos: esofagite de longa duração e acalasia.

Sintomas: disfagia progressiva que se instala ao longo de vários meses, até que só se possa ingerir líquidos. A disfagia pode ser acompanhada de dor constante e penetrante. Em lesões mais avançadas manifestam-se com halitose, perda de peso ou tosse após ingerir líquidos

Tratamento: ressecção cirúrgica do carcinoma (quando não há metástases generalizadas), quimioterapia ou radioterapia. 

CONDUTA DIETOTERÁPICA NAS ENFERMIDADES ESOFÁGICAS

A dietoterapia para as principais manifestações esofagianas consiste em:

- Atenuar o refluxo gastroesofágico através do controle da capacidade gástrica;

- Prevenir a ação irritante ácida do conteúdo gástrico sobre a mucosa esofágica;

- Viabilizar a nutrição do paciente em casos de disfagia, estenose e tumor através da modificação da alimentação ou da via de acesso.

- Controle da capacidade gástrica

diminuir o volume e aumentar o fracionamento (principalmente nas grandes refeições); evitar grandes concentrações de gordura (evitar o retardo do esvaziamento gástrico); evitar deitar-se ou se esforçar após as refeições (diminuir a compressão gástrica); evitar líquidos durante as refeições, principalmente bebidas gasosas (impedir distensão abdominal); controle do peso (evitar a obesidade)

- Controle do refluxo gastroesofágico e esofagite

avaliar estado nutricional; evitar alimentos que causam desconforto (avaliar na anamnese alimentar); evitar grandes concentrações de gordura (diminuem a pressão do esfíncter esofágico); evitar chocolate, álcool e bebidas que contenham cafeína, como: café, chá e bebidas derivadas de cola (estimulam a acidez e diminuem a pressão do esfíncter esofágico); evitar o fumo (diminuem a pressão do esfíncter esofágico); evitar o uso de condimentos como pimenta, canela, hortelã, menta (estimulam a acidez e diminuem a pressão do esfíncter esofágico); evitar deitar-se ou se esforçar após as refeições (diminuir a compressão gástrica); elevar a cabeceira da cama.

- Controle da ingestão em casos de estenose ou tumor

evitar a desnutrição; dietas hiperproteicas e hipercalóricas; modificar a consistência da dieta para que haja melhor aceitação, normalmente dietas de consistência líquida ou semi-líquida são melhor toleradas; utilizar suplementação via oral; diminuir o volume e aumentar o fracionamento; utilizar suporte nutricional enteral (via gástrica ou entérica) na impossibilidade de utilização da via oral.

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

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Síndrome de Dumping

24 de Janeiro de 2016

Síndrome de Dumping

A síndrome de dumping é caracterizada pela passagem rápida dos alimentos sólidos e líquidos do estômago para o intestino. Os sintomas mais comuns são: cefaléia, taquicardia, tremor, sudorese, náuseas, fraqueza e diarréia. Geralmente ocorrem devido a rápida absorção de glicose, após a ingestão de carboidratos; principalmente alimentos com elevado teor de açúcar (doces em geral, leite condensado, mel, chocolates, geléias, refrigerantes, dentre outros), por pacientes submetidos a cirurgias bariátricas. Estes sintomas podem ser precoces ou tardios.

Precoce: ocorre em até 30 minutos. O conteúdo hiperosmolar da dieta alcança a luz intestinal de forma muito rápida. Isso desencadeia uma translocação de fluídos para a luz intestinal, ocasionando uma resposta vaso-vagal, que se manifesta com taquicardia, sudorese, sensação de morte, sonolência, etc. O uso de açúcares neste paciente piora o quadro.

Tardio: ocorre após 2 horas. Após o alimento alcançar o intestino e ser absorvido, o pâncreas produz uma grande quantidade de insulina, o que leva o paciente a apresentar o quadro de hipoglicemia. O tratamento neste caso é realizado a base de açúcares.

Por não ser uma doença, e sim um resultado de uma alteração física da função de armazenamento do estômago e desvio intestinal presentes principalmente em algumas técnicas de cirurgia bariátrica, a síndrome de dumping não tem cura e pode acompanhar o paciente por toda a vida.

Não é correto dizer que todos os pacientes submetidos a cirurgias gástricas e cirurgias bariátricas terão a síndrome de dumping; não existe uma regra e nem uma lista de quais alimentos desencadeará os sintomas. Somente após a cirurgia, e após a ingestão de alimentos mais suscetíveis, é que saberemos da sensibilidade maior ou não para o aparecimento dos sintomas. A grande maioria dos pacientes aprendem a conviver com o dumping, e passam a evitar os alimentos que lhes são menos favoráveis.

Os pacientes com sinais frequentes de dumping devem ser tratados com modificações dos hábitos alimentares: evitar o consumo de açúcar e doces em geral, fracionar a alimentação em aproximadamente 6 refeições por dia (com baixo volume), não ingerir líquidos durante as refeições (devendo o consumo ocorrer 1 horas antes e 1 hora após a refeição), aumentar o consumo de fibras e mastigar bem os alimentos. Como o consumo de carboidratos deve ser restrito, é necessário aumentar o consumo de proteínas, para suprir a necessidade energética. Em alguns casos a suplementação de fibras pode auxiliar no controle dos sintomas.

Tabela de alimentos recomendados e alimentos que devem ser evitados:

Grupo Alimentar

Alimentos Recomendados

Alimentos a evitar

Pão, cereais, arroz e massas

Pães moles e fatiados, arroz e massa, biscoitos sem recheio

Pães duros ou com sementes; biscoitos amanteigados

Hortaliças

Cozidas ou em puré de legumes

Folhosas, cruas e formadoras de gases como brócolis, abóbora, couve-flor, pepino e pimentão

Frutas

Cozidas

Cruas, em calda ou com açúcar

Leite, Iogurte e queijo

Iogurte natural, queijos e leite de soja

Leite, achocolatados e milkshakes

Carne, aves, peixe e ovos

Peixes cozidos e assados, moídos, desfiados

Carnes duras, empanadas e gemada com açúcar

Gorduras, óleos e açucares

Azeite e gorduras vegetais

Xaropes, alimentos com açúcar concentrado como marmelada.

Bebidas

Chá, água e sucos sem açúcar

Bebidas alcoólicas, refrigerantes e sucos com açúcar

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista 

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Alimentos Termogênicos

17 de Janeiro de 2016

Alimentos Termogênicos

As substâncias termogênicas contidas em certos alimentos têm a capacidade de aumentar a temperatura corporal, acelerando o metabolismo e aumentando a queima de lipídios. Isto ocorre, pois a termogênese é um processo regulado pelo sistema nervoso e interferências neste sistema podem ajudar no controle do emagrecimento e obesidade.

Todos os alimentos gastam energia para serem metabolizados pelo organismo, porém existem alguns que se destacam mais do que os outros, por induzirem o metabolismo a trabalhar em um ritmo mais acelerado.

Todas as atividades realizadas pelo corpo consomem energia. Isso inclui o processo digestivo, que pode ser usado a seu favor para emagrecer quando o que está em questão são os alimentos termogênicos naturais.

Assim, ao consumir algum produto que tenha esta característica, a perda de peso pode ser alcançada, caso seja este o seu objetivo principal. Mas observe que sozinhos eles não têm poderes mágicos. Se não forem associados a atividades físicas frequentes e uma alimentação equilibrada, não têm efeito no seu organismo.

Além de propiciar a perda de gordura, os alimentos termogênicos naturais também contribuem para:

Ganho muscular: Alguns estudos mostraram ganhos de massa muscular com maior uso dessas substâncias, tanto em homens sedentários, com um programa de exercício frequente por 10 semanas, quanto um aumento na massa muscular em mulheres com excesso de peso, submetidas também a atividades físicas no mesmo período. Desempenho do exercício: Para o exercício de alta intensidade, termogênicos pode melhorar a resistência muscular, não a potência. Isso se traduz em mais contrações musculares, não as mais fortes. Segue-se na teoria de que mais repetições criaria um crescimento muscular avançado.

Pessoas com hipertireoidismo não devem ingerir os alimentos termogênicos naturais, pois seu metabolismo já está muito elevado, propiciando maior risco de perda de massa muscular. Crianças e gestantes, pessoas com cardiopatias, hipertensão, enxaqueca, úlcera e alergias não devem abusar desses alimentos, pois eles podem levar a aumento da pressão arterial, hipoglicemia, insônia, nervosismo e taquicardia. Consumidos em excesso, podem provocar sintomas como tontura, insônia, dor de cabeça e problemas gastrointestinais.

Alimentos Relevantes:

Gengibre: pesquisas apontam que seu consumo regular pode acelerar o metabolismo em até 20%. O gengibre também melhora a digestão e o enjôo. É versátil e pode ser usado cru, refogado, em forma de chá ou batido no liquidificador com qualquer fruta. Usar até uma colher de sopa ao dia.

Canela: além da ação estimulante, age como facilitadora da digestão e combate a flatulência.Pode ser consumida em pó ou em forma de chá, no caso da canela em pau. Até uma colher de sopa ao dia. 

Curry: É uma mistura de temperos (pimentas, gengibre, canela, cominho, cravo, cúrcuma, etc.). Usar como tempero: 3 gramas ou uma colher de chá. 

Café: contém cafeína, estimulante e termogênico natural, que auxilia a se manter em estado de alerta. Mas nada de exagerar na dose, ou você pode sofrer com problemas do estômago, insônia e ansiedade. O ideal é consumir até três xícaras por dia, e longe da hora de ir dormir. Evitar em casos de hipertensão.

Cacau: possui propriedades estimulantes e antioxidantes devido ao seu teor de cafeína e polifenóis. A combinação dessas substâncias faz bem ao coração, à circulação sanguínea. Usar de uma a duas colheres de sopa por dia, misturada a granola ou müsli, ou também, por cima da banana amassada ou maçã assada, ou ainda, acompanhada de bebidas, como leite. 

Pimenta vermelha: uma das substâncias presentes no fruto, a capsaicina, tem ação termogênica comprovada e é considerada um dos melhores auxiliares no controle de peso. Também contribui para a retirada de gorduras das artérias, e é estimulante. No entanto, tome cuidado: o ingrediente é contra-indicado para quem sofre de gastrite ou hemorróida. Usar diretamente na comida, ou em pastinhas ou como tempero. Evitar as sementes que são mais ardidas, para as pessoas mais sensíveis ao sabor forte.

Chá-verde: graças à presença de substâncias como a cafeína e as catequinas, essa bebida obriga o organismo a buscar energia nas reservas de gordura. Não obstante, deve ser evitada por hipertensos. Evitar ferver as folhas, e se deve deixar em infusão por no mínimo 9 minutos, para melhor aproveitamento de seus princípios ativos, antes de beber. Para os que não suportam o sabor, experimente acrescentar um pau de canela ou casca de laranja, junto com a infusão das folhas. Beber de duas a quatro xícaras ao dia.

Linhaça: no quesito controle de peso, oferece dois grandes auxílios, acelera a queima calórica e regulariza o intestino. E ela também proporciona o aumento da defesa orgânica e reduz o ritmo de envelhecimento celular, prevenindo várias doenças. Consumir a linhaça levemente triturada, em até uma colher de sopa ao dia por cima da salada de fruta, ou junto das refeições ou batida na vitamina ou suco.

Semente de chia: Riquíssima em fibras e ácidos graxos ômega 3. Ela tem a vantagem de não precisar ser triturada, e não apresenta gosto residual, o que facilita acrescentá-la nas refeições, sucos, saladas, com frutas, etc.. Além de seu poder termogênico, ajuda a controlar o colesterol e triglicérios, e ainda, ajuda a equilibrar o açúcar no sangue (glicemia controlada). Também oferece saciedade e auxilia na imunidade. Usar de 1 a 4 colheres de sopa ao dia.

Óleo de coco extra-virgem: estimula o metabolismo, atua na redução do colesterol ruim e melhora a função intestinal. Esse tipo de gordura potencializa a absorção de nutrientes. Usar até duas colheres de chá ao dia. Uma boa opção é alternar ou misturar seu uso com o do azeite de oliva, pois seu sabor é mais suave. Pode ser usado na salada, junto do abacate ou da banana amassada, ou nas refeições diárias.

Outros alimentos como a mostarda, água gelada, vegetais fibrosos (brócolis, acelga, couve), laranja, guaraná natural (deve ser evitado por cardíacos e hipertensos), kiwi, aspargos, pimentão, e mais alguns possuem o mesmo efeito térmico dos anteriores, que fazem com que a temperatura do organismo aumente, e conseqüentemente, levam o metabolismo a se acelerar para queimar energia e gordura.

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

 

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NOVIDADE NA CLÍNICA CAROL ACCIOLY

12 de Janeiro de 2016

NOVIDADE NA CLÍNICA CAROL ACCIOLY!!!

A partir de 18/01/2016 estaremos realizando o exame de calorimetria indireta.

A Calorimetria Indireta é um método que permite calcularmos com precisão a Taxa Metabólica de Repouso (TMR), que pode ser definida como a quantidade mínima de energia necessária para manter as funções vitais do organismo. A TMR representa 60- 70% do gasto de energia diário de uma pessoa. 

Quem tiver interesse, o exame será realizado mediante marcação nos telefones: 25127395 ou 992471212.

Carol Accioly

 

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