Metabolismo Energético e Calorimetria Indireta

Metabolismo energético refere se à forma com que o corpo gasta energia.

A taxa metabólica de repouso - também chamada de metabolismo de repouso - representa em torno de 70% do gasto energético total e refere se às calorias gastas para manutenção das funções básicas no repouso, como os batimentos cardíacos, respiração, controle da temperatura corporal, etc. O restante do gasto energético provém das calorias gastas na digestão dos alimentos (aproximadamente 10%) e com a atividade física diária (percentual variável).

A energia correspondente ao efeito térmico dos alimentos refere-se ao gasto provocado pela digestão, absorção, transporte, transformação, assimilação e/ou armazenamento dos nutrientes, que varia de acordo com o substrato consumido. Em jovens eutróficos, com peso constante, a ingestão de carboidratos aumenta o gasto energético em 5% a 10%, a ingestão de lipídios aumenta de 3% a 5% e a de proteínas aumenta aproximadamente 20%. Assim, considera-se que, em uma dieta mista habitual, o efeito térmico do alimento em teoria é de aproximadamente 5% a 7% do seu conteúdo energético.

Em indivíduos que são submetidos a programas de emagrecimento, observa-se, após algumas semanas de dieta, uma diminuição de 10-25% a taxa metabólica de repouso. Dessa forma, se o metabolismo não for acompanhado com precisão, o emagrecimento estaciona, mesmo que a dieta esteja sendo seguida.

Para conhecermos o quanto precisamos comer temos que descobrir o quanto de energia gastamos no nosso dia-a-dia. E para tanto, precisamos saber como funciona nosso metabolismo.

Define-se como efeito térmico do exercício o dispêndio de energia referente à realização do trabalho mecânico externo; este representa 15% a 30% do dispêndio energético diário, e varia com o nível de atividade física, levando-se em conta a intensidade e a duração do esforço físico realizado.

A Calorimetria Indireta é um método que permite calcularmos com precisão a Taxa Metabólica de Repouso (TMR), que pode ser definida como a quantidade mínima de energia necessária para manter as funções vitais do organismo.  Esse teste mede o consumo de oxigênio e a produção de gás carbônico durante as trocas respiratórias. A partir dessa relação o aparelho calcula com exatidão o gasto energético em Kcal. Esse teste determina ainda se o indivíduo está utilizando mais gordura ou mais carboidrato como a principal fonte de obtenção da energia.

Como é feito este exame?

O exame é realizado em consultório, dura aproximadamente 20 minutos e é totalmente indolor. É necessário que o paciente esteja em repouso, em ambiente calmo e completamente relaxado. Consumo de alimentos, atividade física intensa, situações estressantes e uso de estimulantes (cafeína, por exemplo) podem elevar o metabolismo e devem ser evitados nas horas que antecedem o exame. Durante o procedimento, após a colocação de um clip nasal para impedir que o ar expirado saia pelas narinas, o paciente é orientado a respirar por um bocal que leva o ar diretamente ao aparelho para que a quantidade de oxigênio eliminada seja medida. Este processo dura de 10 a 15 minutos. Os dados fornecidos são então inseridos em um programa de computador que irá fornecer a taxa metabólica de repouso do paciente em Kcal/dia.

Como avaliar os dados fornecidos pela calorimetria?

A taxa metabólica de repouso do paciente, obtida no exame, é comparada com a taxa metabólica que seria esperada para uma pessoa de mesmo sexo, idade, peso e altura. Uma variação de até 10% para mais ou para menos é considerada normal. Pessoas com metabolismo lento - abaixo da variação normal - têm mais facilidade de ganhar peso pois necessitam de menor quantidade de alimentos para suas funções orgânicas. Nestes casos, várias estratégias de tratamento como o tipo de dieta, uso de suplementos e algumas mudanças de estilo de vida podem ser utilizadas para promover um aumento do metabolismo de repouso e consequente melhora dos resultados. Por outro lado, em pessoas com metabolismo normal ou aumentado, o tratamento do excesso de peso será direcionado para a quantidade de calorias ingeridas e, em alguns casos, no controle do apetite ou compulsão.

 Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

Obs: A calorimetria indireta pode ser realizada na clinica da Carol Accioly

 

 

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Fibras Alimentares

03 de Janeiro de 2016

Fibras Alimentares

Fibras são substâncias de origem vegetal, carboidratos (ou derivados dos mesmos) com exceção da lignina e que resistem à ação das enzimas digestivas humanas, chegando intactas ao cólon e aí são parcialmente hidrolisadas e fermentadas pela flora bacteriana colônica.

As fibras são importantes na alimentação porque aceleram a passagem dos produtos residuais do organismo, absorvem substâncias perigosas (toxinas) e mantém o tubo digestivo saudável. Outro benefício importante da fibra em relação ao trato gastrintestinal, é que ela serve de substrato para formação de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), que fornecem energia para as células intestinais desempenharem bem suas funções.

As fibras alimentares derivam-se principalmente dos vegetais, frutas e sementes, e normalmente não são digeridas pelo organismo humano. A microbiota (bactérias) intestinal fermentam algumas fibras que chegam ao intestino grosso.

O consumo de fibras alimentares associado ao menor consumo de gordura, juntamente com um estilo de vida saudável, trazem benefícios à saúde, reduzindo a incidência de câncer e doenças cardiovasculares, que juntas correspondem a mais de 80% das mortes prematuras em países desenvolvidos

Os principais tipos de fibra dietética são os polissacarídeos: celulose, hemicelulose, pectinas, gomas, mucilagens, frutooligossacarídeos, inulina, amido resistente e a lignina.

As fibras podem ser classificadas em:

- Solúveis: Pectinas, mucilagens, gomas (goma arábica e goma guar), inulina, FOS (frutooligossacarídeos), beta-glucan, psyllium, e hemiceluloses tipo A. Estas fibras têm a capacidade de se ligar à água e formar géis. No trato gastrintestinal, retardam o esvaziamento gástrico, o tempo de transito intestinal, diminuem o ritmo de absorção de glicose e colesterol, são substratos para fermentação bacteriana que resultam em gases (hidrogênio, metano e dióxido de carbono) e ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), importantes para o metabolismo intestinal. 

Os principais efeitos metabólicos das fibras solúveis são descritos a seguir:

- Retardam esvaziamento gástrico e o transito intestinal;

- Alteram o metabolismo colônico através da produção dos AGCC;

- Modulam a mobilidade gastrintestinal;

- Reduzem a diarréia (aumento na absorção de água);

- Promovem o desenvolvimento da mucosa intestinal (íleo e cólon);

- Proporcionam energia (devido à fermentação) para mucosa intestinal;

- Diminuem o pH do cólon;

- Melhoram a proteção contra infecção (função de barreira, imunidade); Aumentam tolerância a glicose;

- Diminuem os níveis de colesterol total e de LDL.

Insolúveis: Celulose, hemicelulose tipo B, amido resistente e lignina. Fazem parte da estrutura das células vegetais. Apresentam efeito mecânico no trato gastrintestinal, são pouco fermentáveis, aceleram o tempo de transito intestinal devido à absorção de água. 

São encontradas principalmente em verduras, farelo de trigo e grãos integrais.

Os principais efeitos metabólicos são: 

- Aumentam o peso e a maciez das fezes;

- Aumentam a freqüência da evacuação e diminuem o tempo de trânsito no cólon;

- Reduzem a constipação;

- Retém água;

- São pouco fermentáveis;

- Não são viscosas;

- Intensificam a proteção contra infecção bacteriana.

São encontradas principalmente em frutas e verduras, mas também em cereais (aveia e cevada) e leguminosas (feijão, grão de bico, lentilha e ervilha).

A ingestão excessiva de fibras pode prejudicar a absorção de minerais, especialmente o cálcio e o zinco.

A proporção do consumo de fibras recomendada é de 40% do total de fibras em solúveis e 60% do total de fibras em insolúveis. A ingestão diária de fibras deve ser de 25 a 30g/dia.

Fontes de fibras Solúveis e Insolúveis

Fibras Insolúveis

Alimentos

Celulose

Frutas com casca, farelos e sementes

Hemicelulose

Farelo de trigo, soja e centeio

Lignina

Grãos integrais e feijões

Fibras Solúveis

Alimentos

Pectina

Frutas cítricas, maçã, goiaba e batata

Gomas

Farelo de aveia e de cevada

 

Alimentos fontes de fibras 

Alimentos

Porção

Fibras (g)

Mamão papaya

½ unidade (142g)

2,41

Pêssego

1 unidade (113g)

2,59

Ameixa

2 unidades (70g)

3,07

Laranja com bagaço

1 unidade (137g)

3,10

Pêra

1 unidade (133g)

3,99

Maçã

1 unidade (130g)

4,03

Goiaba

1 unidade (189g)

10,02

Couve flor

4 ramos (92g)

2,47

Vagem cozida

1 xícara de chá (111g)

2,78

Cenoura crua picada

1 xícara de chá (109g)

3,06

Espinafre cozido

1 xícara de chá

5,31

Grão de bico

1 concha (54g)

2,91

Lentilha cozida

1 concha (60g)

3,00

Feijão cozido

1 concha (59g)

4,51

Arroz integral cozido

1 escumadeira (112g)

2,41

Pão integral

1 fatia (25g)

2,78

Aveia em flocos

2 colheres de sopa (22g)

3,06

Granola

½ xícara de chá (25g)

8,00

 

Benefícios comprovados das Fibras:

- Melhoram o trânsito intestinal

- Previne o diabetes

- Controla os níveis de colesterol

- Contribui para a perda de peso

- Aliadas do coração

- Melhora o sistema imunológico

- Previne a hipertensão

- Ajuda a prevenir e combater as hemorroidas

- Ajuda a prevenir as úlceras

- Previne o câncer de cólon

Algumas atitudes simples do seu cotidiano são capazes de aumentar a ingestão de fibras. São elas: 

Na hora de escolher o arroz, pães e massas, prefira as versões integrais em substituição aos refinados, já que boa parte das fibras (e alguns nutrientes) são perdidos com o refinamento dos cereais. Para uma melhor adaptação às versões integrais, uma estratégia é incluir 50% da porção na versão integral e 50% na versão refinada e, gradualmente, aumentar a proporção da parte mais rica em fibras Nas refeições principais, reserve ao menos metade do espaço no prato para a porção de legumes e verduras, que poderá incluir a folha de legumes, além dos talos Mantenha os feijões na sua dieta, este alimento é uma ótima fonte de fibras insolúveis e solúveis Nos lanches intermediários, uma sugestão é incluir palitinhos crus de legumes, como cenoura e pepino, além de incluir no preparo de sanduíches vegetais folhosos, como agrião, rúcula, alface e repolho A inclusão de vegetais e legumes também pode ser realizada em outras preparações, como tortas As frutas também devem fazer parte da alimentação diária, dando-se preferência ao consumo de frutas inteiras, com a casca e o bagaço. No caso do consumo da fruta na forma de sucos naturais, recomenda-se evitar coá-lo Leia os rótulos dos produtos que está comprando, assim, você consegue optar por aquele com maior quantidade de fibras Muitos legumes podem ser ingeridos com as cascas, como a batata, batata doce e cenoura. Basta lavá-los muito bem antes do consumo.

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

 

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Vegetarianismo

14 de Dezembro de 2015

Vegetarianismo

O Vegetariano é o indivíduo que não utiliza nenhum tipo de carne (vermelhas ou brancas) na sua dieta.

Vegetarianismo é sinônimo de alimentação sem carne. Essa é a característica comum de todos os vegetarianos.

O vegetariano pode ou não utilizar derivados animais na sua alimentação.

Tipos de Vegetarianos:

Ovolactovegetarianos

Não consomem nenhum tipo de carne (nem frango, peixe ou frutos do mar), mas consomem laticínios e ovos. Este tipo de vegetarianismo é o mais comum, embora os produtos de origem animal aceitos neste tipo de dieta não sejam, de fato, vegetarianos. Quando alguém se declara vegetariano, quase sempre pertence a este grupo. As motivações que levam uma pessoa a ser ovolactovegetariana variam, mas quase sempre estão ligadas a compaixão com os animais. Por isso, grande parte dos ovolactovegetarianos passam a ser veganos.

- é o vegetariano que utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação.

Lactovegetarianos

Além de não consumir nenhum tipo de carne – como os ovolactovegetarianos -, os lactovegetarianos excluem também os ovos da dieta. Quase sempre este tipo de vegetarianismo está ligado à razões religiosas. É o tipo de vegetarianismo predominante em países como a Índia. Os produtos de origem animal aceitos neste tipo de dieta não são, de fato, vegetarianos.

- é o vegetariano que não utiliza ovos, mas faz uso de leite e laticínios.

Vegetarianos estritos

Não consomem nenhum tipo de carne, laticínios ou ovos em sua alimentação.

Veganos/ Vegan

Por motivações éticas, não consomem nada de origem animal em nenhuma área de suas vidas. Alimentação, vestuário, espetáculos ou qualquer outro tipo de atividade que envolva sofrimento animal é excluída da vida de uma pessoa vegana. O veganismo é uma postura política e não uma dieta. Para os veganos, é importante mostrar sua filosofia de vida às empresas, através de boicote a produtos e serviços obtidos com sofrimento de animais. Produtos com qualquer ingrediente ou insumo de origem animal ou ainda testados em animais são riscados da lista de compras veganas. Entre os produtos não utilizados pelos veganos estão o couro (pele), a gelatina (tendões e cartilagens), a lã, corantes feitos à base de animais e outros insumos da indústria derivados de animais.

Crudivorista

É na grande maioria dos casos, um vegetariano estrito que utiliza alimentos crus, ou aquecidos no máximo a 42oC. Alguns podem aceitar leite cru e carne crua também, descaracterizando o termo vegetariano estrito. A utilização de alimentos em processo de germinação (cereais integrais, leguminosas e olegainosas) é comum nessa dieta. Diferente do que se pode imaginar, essa dieta apresenta preparações bastante sofisticadas e saborosas.

Frugivorismo

Vegetariano estrito que utiliza apenas frutos na sua alimentação. O conceito de "frutos", nesse caso, segue a definição botânica, que inclui os cereais, alguns legumes (abobrinha, berinjela...), oleaginosos e as frutas.

Macrobiótico

Designa uma forma de alimentação que pode ou não ser vegetariana. O macrobiótico tem um tipo de alimentação específica, baseada em cereais integrais, com um sistema filosófico de vida bastante peculiar e caracterizado. A dieta macrobiótica, diferentemente das vegetarianas, apresenta indicações específicas quanto à proporção dos grupos alimentares a serem utilizados. Essas proporções seguem diversos níveis, podendo ou não incluir as carnes (geralmente brancas). A macrobiótica não recomenda o uso de leite, laticínios ou ovos.

Semi-vegetariano

Indivíduo que faz uso de carnes, geralmente brancas, em menos de 3 refeições por semana. Alguns consideram essa terminologia quando em apenas uma refeição por semana. Esse termo ganha importância nos estudos científicos, na comparação dos efeitos à saúde entre vegetarianos e onívoros, já que, teoricamente, o semi-vegetariano consome carne, mas menos do que um onívoro. Atenção: esse indivíduo não é vegetariano.

Onívoro

É o indivíduo que aceita qualquer tipo de alimento na sua dieta.

 

RESUMINDO:

 

 

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

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OSTEOPOROSE X ALIMENTAÇÃO

07 de Dezembro de 2015

OSTEOPOROSE X ALIMENTAÇÃO

A osteoporose é uma doença ósteo-metabólica caracterizada por baixa densidade da massa óssea e deterioração estrutural do tecido ósseo, provocando fragilidade óssea e um aumento da susceptibilidade a fraturas, especialmente da cintura, espinha e punho.

Osteopenia - estágio anterior ao da osteoporose.

É uma das principais causas de invalidez nas pessoas idosas. Na maioria das vezes a doença não causa nenhum sintoma, nem mesmo dor, e evolui até que ocorra uma fratura. 

O esqueleto acumula osso até a faixa dos 30 anos, sendo a massa óssea maior no homem do que na mulher. Daí por diante perde 0,3% ao ano. Na mulher a perda é maior nos 10 primeiros anos pós-menopausa, podendo chegar a 3% ao ano, e é maior na mulher sedentária.

Prevenção

Para a prevenção o ideal é obter uma maior massa óssea durante o crescimento. Isto pode ser conseguido com uma alimentação rica em cálcio e vitamina D e com exercícios físicos.
Ainda como prevenção, é importante a regularidade dos ciclos menstruais femininos, haja vista que existe uma importante ação protetora dos ossos feita pelo hormônio estrógeno e a prevenção da reabsorção óssea pós-menopausa.

Cálcio:

Para a aquisição do máximo de massa óssea e manutenção da saúde do osso é necessária uma ingestão adequada de cálcio durante a vida. O esqueleto contém 99% do estoque de cálcio do organismo; quando a fonte externa é inadequada o cálcio é extraído dos ossos para manter os níveis sanguíneos dentro dos valores normais.

A principal fonte de cálcio na dieta é o leite e seus derivados, mas existe também em vegetais como espinafre, agrião, brócolis e couve-manteiga.

O consumo de cálcio aumenta com a atividade física e também é maior na gravidez e lactação. As necessidades diárias variam de acordo com a faixa etária: 

 

A seguir é ilustrada uma tabela com os valores recomendados segundo recomendação da Dietary Reference Intakes (DRI’s, 2002):

 

Faixa etária

Recomendação (mg)   Homens Mulheres 0-6 meses 210 210 7-12 meses 270 270 1-3 anos 500 500 4-8 anos 800 800 9-18 anos 1300 1300 19-50 anos 1000 1000 Acima de 51 anos 1200 1200

 

Veja a seguir alguns alimentos ricos em cálcio:

 

1 pote de iogurte natural desnatado (200g): 345mg 1 copo de leite (250ml): 307,5mg Queijo tofu (½ xícara): 258mg 1 porção de bacalhau (100g): 225mg 1 fatia de queijo prato (30g): 252mg 1 fatia de queijo branco (30g): 205,5mg 100g de couve manteiga: 203mg 1 porção de sardinha (100g): 195mg 100g de açaí: 118mg 100g de agrião: 117mg 100g de espinafre: 79mg 3 colheres de sopa de brócolis: 200mg 1 colher de sopa de amêndoas: 50mg

Suplementação de Cálcio:

Os suplementos de Cálcio mais comumente utilizados são de carbonato de cálcio. Estes contém 40% de cálcio elementar e precisam de meio ácido para ser solubilizado, portanto, devem ser ingerido às refeições. A presença do magnésio associado não influencia a absorção, mas melhora a tendência a obstipação.

Teoricamente a suplementação isolada do cálcio pode reduzir os riscos de fratura em 10%; a suplementação de cálcio em mulheres entre 35 e 43 anos previne a perda óssea e permite a entrada na menopausa com massa óssea maior 

Vitamina D:

A vitamina D é sintetizada na pele pela ação dos raios solares ultravioleta e sofre transformações no fígado e rins para transformar- se em sua forma ativa. Para o nosso clima tropical, o mínimo de exposição solar diária é suficiente para a ação dos raios solares. A vitamina D favorece a formação óssea e facilita a absorção intestinal do cálcio.

É encontrada em alimentos como leite, queijos, óleo de fígado de bacalhau, ostras, camarões e peixes, especialmente cavalinha, salmão, sardinha e atum.

Suplementação de Vitamina D:

Uma suplementação com 400 a 800 UI (unidades internacionais) de vitamina D é recomendada para pessoas com risco de deficiência, como idade avançada, portadores de doenças crônicas e sedentarismo. A suplementação pode aumentar a massa óssea e diminuir o risco de fraturas. No entanto, como todo medicamento, a vitamina D também pode apresentar efeitos colaterais. Os efeitos colaterais que podem ocorrer da suplementação com vitamina D são hipercalcemia e hipercalciúria.

Alimentação adequada para osteoporose

A alimentação adequada para osteoporose deve assim conter alimentos como leite e derivados, vegetais de folha escura, óleos de fígado de peixes, ovos e margarinas. A amêndoa também é rica em cálcio e pode ser utilizada nas refeições. Por outro lado, na alimentação para pessoas com osteoporose deve-se evitar consumir alimentos que diminuam a absorção de cálcio, como espinafre, batata-doce e feijão, porque são ricos em oxalatos.

Deve-se também evitar consumir alimentos ricos em cálcio acompanhados de alimentos ricos em ferro, como carne ou peixe, porque a absorção tanto do ferro como do cálcio não é eficaz. Por exemplo, deve-se evitar o consumo de produtos lácteos, como iogurtes ou pudim de sobremesa nas refeições principais, como almoço e jantar.

É também importante diminuir a ingestão de sal porque o sal em excesso aumenta a perda de cálcio pela urina. Outro cuidado importante para garantir a absorção do cálcio é o consumo moderado de cafeína, que embora não prejudique a saúde óssea, seu consumo exagerado pode levar a um aumento das perdas de cálcio pela urina, prejudicando a saúde óssea. O guaraná, chá preto e a coca-cola contêm substâncias semelhantes à cafeína presente no café.

Algumas dicas importantes:

Coloque 1 colher de sopa de gergelim torrado 2 vezes ao dia em sua refeição e saladas. Não ingira café ou chás junto com as refeições que contenham alimentos ricos em cálcio. Evite o consumo de bebidas alcoólicas, cafés, refrigerante, chás, chimarrão em excesso, pois elas reduzem a absorção do cálcio. Use mais alimentos à base de soja, ingerindo mais isoflavona: tofu, grão de soja, farinha de soja, leite de soja, etc. Utilize fatias de queijo magro no pão e torradas. Inclua leite com aveia no café da manhã ou em um lanche. Coloque 1 copo de leite no preparo de sopas, bolos, tortas, panquecas, molhos. Use iogurte ou requeijão magro nos molhos brancos. Pratique exercícios regularmente, aeróbicos e musculação sob orientação de um profissional. Tome sol diariamente, no mínimo 15 minutos, antes das 10 h da manhã ou após às 16h. Suplemento de cálcio só deve ser ingerido sob a orientação de médico ou nutricionista. Se você tem intolerância à lactose, procure ingerir leite sem lactose, iogurte e queijos duros (são pobres em lactose). Use mais alimentos ricos em cálcio não lácteos (peixe, aveia, brócolis, couve).

Procure uma nutricionista para lhe orientar em sua alimentação.

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

 

 

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Alimentos Funcionais

30 de Novembro de 2015

ALIMENTOS FUNCIONAIS

Refere-se aos alimentos que contenham nutrientes que auxiliam em funções específicas do organismo.

É consenso de que saúde e boa alimentação caminham juntas. Há alguns anos, um novo conceito de nutrição vem ganhando adeptos: é a chamada Alimentação Funcional.

Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) alimento funcional é definido como "aquele alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido, como parte da dieta habitual, produz efeitos benéficos à saúde".

Os alimentos funcionais têm sido muito estudados e embora não curem, apresentam componentes ativos capazes de prevenir ou reduzir o risco de algumas doenças.

 

Alimento

Função

Alimento

Função

 

Água filtrada

 

Ajuda a eliminar toxinas e hidratação principalmente da pele.

 

Cebola roxa, uva vermelha

(casca), vinho tinto e brócolis

Rico em flavonóides . Atuam na prevenção da a formação de coágulos sanguíneos, como anticancerígenos, como antioxidantes e   diminuem o risco de doenças cardiovasculares.

Uva, morango, brócolis, repolho, cenoura, frutas cítricas, berinjela, tomate, grãos integrais

 

Ricos em ácido fenólico. Aumenta a atividade de enzimas antioxidantes.

Abacate,aspargos frescos, melancia, pêssego fresco, abóbora, brócolis, tomate crú, batata

 

Rico em glutationa. Previnem os efeitos maléficos do colesterol.

 

Óleo de canola, linhaça, nozes, salmão, atum, sardinha e óleos de peixe. Óleo de linhaça (57%W3)

 

Ricos em ácido graxo ômega 3. Reduzem os níveis de colesterol sangüíneo e o risco de doenças cardiovasculares

Pistache, soja (grão), nozes , semente de gergelim, carnes bovinas magras, sardinha e amendoin

 

Rico em Coenzima Q10. Atuam como antioxidante, ligado ao fator imunológico e regulação hormonal, além dos efeitos negativos do stress.

 

Uva, morango, chá verde

Rico em catequinas

( taninos). Possuem ação antioxidante.

Frutas com casca, legumes e verduras em geral e cereais integrais

Ricos em fibras. Redução no risco de câncer de intestino e dos níveis de colesterol sangüíneo.

 

Brócolis

Rico em genistelina. Atuam como anticancerígenos.

 

Iogurtes, leite fermentado

Possuem pró-bióticos. Ajudam no equilíbrio da flora intestinal e inibem o crescimento de microrganismos patogênicos

Brócolis, couve de bruxelas, repolho, couve flor, agrião, couve, mostarda (folha), rabanete e nabo

 

Ricos em indóis. Aumentam a atividade de enzimas antioxidantes.

 

 

Aveia

 

Rica em fibras solúveis. Atuam reduzindo o colesterol total e a LDL. Reduz risco de doenças cardiovasculares.

Couve, espinafre, cenoura, damasco, abóbora, manga e mamão

Ricos em beta caroteno ( vit A ). Atuam como antioxidantes protegendo a membrana celular.

 

Alho

Após moído, é rico em alicina. Possue efeito anticancerígeno,anti hipertensivo, além de atuar na redução do colesterol.

 

Soja, feijões, amendoins, e ervilhas

Ricos em isoflavonas. Atuam como anticancerígenos. Reduzem níveis de colesterol sangüíneo e o risco de doenças cardiovasculares.

Carnes, peixes (incluindo ostras e crustáceos), aves, leite, cereais integrais, feijões e nozes

 

Ricos em Zinco. Atuam como antioxidante.

Tomate , melancia e damasco

Rico em licopeno. Relacionado a prevenção de câncer de próstata. Melhor absorvido com azeite.

Germe de trigo, óleos de soja, arroz, algodão, milho, girassol, gema ovo

Rico em Vit E . Atuam como antioxidantes protegendo a membrana celular.

Couve, brócolis, tomate, pimentão, morango, kiwi, acerola, laranja, limão, abacaxi, tomate maracujá

 

Rico em Vit C. Aumenta a resistência às infecções sendo importante na resposta imune.

 

Castanha do Pará

 

Rica em Selênio. Atuam como antioxidantes protegendo a membrana celular.

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

 

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Alergia Alimentar X Intolerância Alimentar

A principal diferença entre alergia e intolerância alimentar é o tipo de resposta que o organismo tem quando está em contato com o alimento.

As intolerâncias alimentares estão presentes em 40% da população e são frequentemente confundidas com alergias. Isso acontece devido ao fato de os sintomas serem, em diversos casos, parecidos. Especialmente aqueles relacionados com quadros gastrintestinais, como: diarreia, gases e distensão abdominal.

Apesar de alguns sintomas serem parecidos, outros são totalmente diferentes. As alergias apresentam sintomas que variam desde erupções cutâneas até problemas mais sérios como as anafilaxias (acometimento de múltiplos órgãos, com ou sem queda da pressão arterial e falta de ar, quadros potencialmente fatais). Já nas intolerâncias alimentares, os sintomas são mais relacionados ao trato gastrointestinal. 

Na alergia há uma resposta imunológica imediata, isto é, o organismo cria anticorpos como se o alimento fosse um agente agressor e por isso os sintomas são generalizados. Já na intolerância alimentar o alimento não é digerido corretamente e, dessa forma, os sintomas surgem principalmente no sistema gastrointestinal.

ALERGIA ALIMENTAR 

Reação específica do organismo que envolve o sistema imunológico.  Predisposição genética, desenvolvimento de um anticorpo específico a um alimento. Envolve Reação Imunológica com produção de Anticorpo da classe IgE específico para o alimento. Ocorre em pessoas geneticamente predispostas. A sensibilização pode ocorrer em qualquer idade.

 INTOLERÂNCIA ALIMENTAR

Reação adversa, reprodutível, que ocorre após a exposição a um determinado alimento, mas que ao contrário da alergia alimentar não envolve o sistema imunológico. A intolerância alimentar é causada pela deficiência ou ausências de alguma enzima digestiva.

Sintomas:

Sintomas de Alergia Alimentar Sintomas de Intolerância Alimentar

Urticária e vermelhidão na pele

Coceira intensa na pele

Dificuldade para respirar

Inchaço no rosto ou língua

Vômitos e diarreia

Dor no estômago

Inchaço da barriga

Excesso de gases intestinais

Sensação de queimação na garganta

Vômitos e diarreia

Características dos sintomas Características dos sintomas

Surgem imediatamente mesmo quando ingere pouca quantidade do alimento e os testes feitos na pele são positivos.

Podem demorar mais de 30 minutos para aparecer, sendo mais graves quanto maior for a quantidade de alimento ingerido, e os testes de alergia feitos na pele não apresentam alteração.

 

A alergia alimentar geralmente é provocado por alimentos como camarão, amendoim, tomate, marisco e kiwi.

A intolerância Alimentar pode ser causada por:

Origem vegetal: Tomate, espinafre, banana, nozes, couve, morango Origem animal: Leite e derivados, ovo, bacalhau, marisco, arenque, camarão, carne bovina Industrializados: Chocolate, vinho tinto, pimenta.

Tratamento:

O tratamento para alergia alimentar consiste em deixar de comer o alimento a que se tem alergia. E se caso coma acidentalmente, procure um médico para ser medicado de forma correta. Mas se os sintomas forem graves, deve-se levar o indivíduo para o hospital, principalmente se ele apresentar lábios muito inchados, dor ou incômodo na garganta e dificuldade para respirar. Neste caso ele pode estar tendo um choque anafilático, e se não for socorrido prontamente poderá morrer por asfixia.

O tratamento para intolerância alimentar pode ser feito através da exclusão do alimento ou aditivo alimentar da dieta do indivíduo e, se possível da eliminação da sua causa. As causas da intolerância alimentar podem ser: genéticas; medicamentosas; alterações anatômicas e comprometimento de alguma glândula que atue na digestão.

Não deixe de procurar um médico ou um nutricionista para detectar o diagnóstico.

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

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