DIET X LIGHT X ZERO

19 de Outubro de 2015

Diferença entre Diet X Light X Zero

Os termos "diet", "light" e "zero" são muito utilizados nos rótulos dos alimentos e podem causar confusão entre os consumidores, na hora da escolha dos produtos. Segundo a legislação vigente, estes termos são utilizados para designar alimentos que têm finalidades especiais. Assim sendo, é necessário constar no rótulo uma tabela de composição, a fim de auxiliar o consumidor.

Veja as definições dadas e algumas informações importantes:

- Produtos Diet: Utilizados em alimentos para dietas com restrição de nutrientes (Carboidratos / gorduras / proteínas / sódio) e nos alimentos para dietas com ingestão controlada (Controle de peso ou açúcares) 

Isentos de um nutriente específico:
     - ausência de açúcar (sacarose, mel, glucose) - é indicado para diabéticos;
     - ausência gordura - indicado para pessoas com problemas de colesterol;
     - ausência de sal - indicado para os hipertensos

Produtos diet produzidos no Brasil podem apresentar no rótulo as expressões: "sem", "isento de", "não contém", "zero", etc..

- Produtos Light: são aqueles que apresentam redução de, no mínimo, 25% de um de seus ingredientes ou calorias, como açúcar, gordura, etc., comparado com o alimento convencional. Sendo indicados para pessoas que desejam controlar a ingestão de calorias.

Para que ocorra a redução de calorias é necessário que haja a diminuição no teor de algum nutriente energético (carboidrato / gordura / proteína). 

- Produtos Zero: Foi o último a integrar os termos empregados em embalagens de alimentos. Ele indica restrição ou isenção de algum nutriente em comparação com a versão tradicional. Se a isenção for de açúcares, o produto ainda deve apresentar valor calórico reduzido.

Cuidado: somente quando o alimento é zero por isenção de açúcares ele pode ser consumido por portadores de diabetes.

É muito importante observar que produtos considerados diet podem apresentar mais calorias que produtos tradicionais; é o que acontece com o chocolate diet, por exemplo, ou com o bolo diet. Estes produtos são isentos de açúcar mas apresentam maiores quantidades de gordura, a fim de conferir sabor. Neste caso, os alimentos tornam-se mais calóricos, não sendo recomendados para o controle de peso, e sim para os diabéticos, desde que os mesmos não exagerem em quantidade.

Existem produtos light que também são diet: é o caso do iogurte natural. Este alimento é considerado light por ter reduzido teor de gordura e é diet porque não tem açúcar

 

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

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Amamentação X Gases no Lactente

13 de Outubro de 2015

Quais alimentos evitar quando tiver amamentando?

As cólicas são o problema mais preocupante dos bebês. Causam choros, desconfortos e normalmente levam as mamães também ao desespero. As cólicas são um sintoma que pode estar por trás de formação de gases, indigestão, refluxo e até prisão de ventre no bebê. E o que muitas mulheres notam, e os profissionais de saúde também, é que muito do que a mulher ingere também pode influenciar no bem-estar de seu filho, quando ele está na fase da amamentação" Não há uma comprovação científica, existem vários estudos falando de alguns alimentos, mas nada realmente provado.

O melhor é comer de maneira variada e saudável durante a amamentação, não ingerir vários alimentos “suspeitos” na mesma refeição e observar o comportamento do bebê. Caso tenha ficado uma dúvida, tente ingerir este alimento separado e observe o seu filho em um outro dia. Veja se a reação que foi atribuída ao alimento ocorreu novamente. Alguns alimentos podem causar reações no início da amamentação, mas depois de uns meses não apresentarem o mesmo efeito, por isso devem ser novamente experimentados.

Ocorrência maior de reações nos bebês com a ingestão de determinados alimentos. São eles:

LEITE: A proteína do leite de vaca é muito diferente do nutriente do leite materno e no organismo do bebê pode causar uma série de dificuldades, como aumento dos movimentos do intestino (o chamado peristaltismo) e da formação de gases, que se traduzem em cólicas. "Mesmo o bebê não ingerindo diretamente a proteína do leite de vaca através de fórmulas infantis, ele recebe de forma indireta através do leite materno"

CHOCOLATE: Esse é o item da lista que tem menor estudo científico, mas o que a maioria das mães observa como causa de cólicas nos lactentes. "É necessário um consumo excessivo desse alimento para que este seja considerado causador de irritabilidade ou de cólica no bebê". Provavelmente a relação está nas proteínas do leite, também encontradas no chocolate e pode haver uma ligação com a pequena quantidade de cafeína presente na guloseima. 

LEGUMINOSAS: Feijões, lentilha, ervilha, vagem, soja, entre outras, são alimentos que contêm alguns tipos de carboidratos que não são absorvidos em nossa digestão, e por isso tendem a fermentar no intestino. Se a microbiota intestinal da mãe não estiver tão boa, essa fermentação será maior e pode ser passada para o bebê através do leite, o que causa mal-estar ao pequeno. Por isso, vale a mãe experimentar reduzir esse item também e testar os resultados

CRUCÍFERAS: Vegetais como brócolis, couve, repolho e couve-de-bruxelas, acabam passando seu sabor para o leite. "Isso permite que desde muito cedo que o bebê se acostume com o paladar dos alimentos e isso não tem nenhuma influência negativa para ele", Porém, eles também podem causar gases na mãe, por conterem enxofre em sua composição e essa propriedade pode ser passada ao bebê também. A lactante não deve exagerar em temperos e condimentos sem antes saber quais são as reações do seu filho a determinados sabores.

CARNE VERMELHA: As carnes vermelhas também passam por um processo de digestão mais lento do que outros alimentos. Caso a microbiota intestinal, popularmente conhecida como flora intestinal, da mãe esteja desregulada, as bactérias ruins podem até fermentar essa carne, causando desconfortos abdominais para ela e passando isso para o bebê. "Porém não existe evidência documentada que esse alimento possa influenciar nas cólicas",

CAFEÍNA: Aqui a culpa é da cafeína, logo também engloba alimentos como chá-verde, erva mate e chá inglês. Esse composto não causa realmente uma cólica, mas seu efeito atrapalha o bem-estar do bebê. "Por ser estimulante, pode gerar agitação na criança, resultando em choros, o que as mães confundem com esse problema", Portanto, é sempre recomendado para a mãe em período de amamentação que reduza esses itens, ao menos para testar se a digestão do bebê melhora sem elas. 

Além de observar esses cuidados em especial, a lactante precisa cuidar bem da alimentação no geral, como lembrar-se de incluir muitas proteínas na dieta e ingerir muitos líquidos, para produzir bastante leite. "Dando sempre preferência a produtos não industrializados (água, água de coco, sucos naturais) e realizar as refeições saudáveis com regularidade e tranquilidade. Os industrializados devem ser evitados, apesar de não haver evidências de que eles se relacionem com mal-estar intestinal do bebê. Alimentos que mais frequentemente causam alergia em bebês são: leite e seus derivados, trigo, frutas cítricas, milho, nozes, avelãs, amendoins, amêndoas e mariscos. Para evitar tais reações, a lactante deve evitar todos os alimentos que causem alergia nela mesma, no pai do bebê e estar atenta às reações do recém-nascido.  No caso de reações evidentes, a nutriz deve cortar o consumo dos referidos alimentos e receber orientações específicas acerca da substituição deste alimento ou grupo de alimentos por outros.

Não há razão para iniciar uma dieta para perder o peso adquirido durante a gravidez enquanto a mãe está amamentando. Isto pode comprometer a produção do leite materno e prejudicar a nutrição do bebê. Além disso, o ato de amamentar faz perder calorias e ajuda no emagrecimento materno.

Mães vegetarianas devem consultar um nutricionista e adequar a sua dieta para o período do aleitamento, para que não deixem de ingerir as vitaminas e os minerais necessários a ela e ao bebê.

Medicamentos, fumo, bebidas alcoólicas ou outras drogas não combinam com a amamentação e devem ser evitados

Adoçantes e alimentos diet ou light pois ainda não existem estudos que comprovem que não faz mal para a saúde do bebê.

 

Obs: Persistindo os sintomas, não deixe de procurar o pediatra e a nutricionista.

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

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Alimentação antes / durante / depois dos treinos

Durante a prática esportiva, a demanda de energia vem principalmente de carboidratos, independentemente da modalidade, seja endurance (corrida, ciclismo, spining, natação e etc) ou treinamento de força.

Os carboidratos estão disponíveis para o organismo através da dieta. São armazenados em forma de glicogênio muscular e hepático e sua falta leva à fadiga. A fadiga que ocorre em exercícios físicos prolongados e de alta intensidade está associada a baixos estoques e exaustão de glicogênio, hipoglicemia e desidratação. Os estoques de carboidratos são limitados e precisam ser repostos através da alimentação.

Antes do treino:

Carboidratos complexos, como pães e massas integrais, são digeridos mais lentamente e fornecem energia durante todo o treino. Salada de frutas, que contém carboidratos simples e fibras, iogurte desnatado e açaí acompanhados de grãos ou farinhas integrais (linhaça dourada, amaranto, aveia ou quinoa) são excelentes opções.

Estes tipos de alimentos conferem a energia necessária que o corpo necessita, durante o treino, para queimar a gordura corporal e aumentar a musculatura. Não comer nada antes de começar o exercício físico pode contribuir para diminuição da massa muscular.

Se o horário de treino for muito apertado e você tiver apenas meia hora para se alimentar antes de sair, prefira lanches mais leves, com frutas e pães integrais. Em dias muito quentes, aumente a hidratação e invista na água de coco, pois ela isotônico mais natural.

Opção 1: banana com melado (para aqueles que não conseguem ingerir muito volume)

Opção 2: Suco de fruta ou água de coco natural + sanduíche com queijo magro e peito peru light

Opção 3: 1 pote de salada de frutas com aveia, mel orgânico e canela salpicada

Opção 4: Um punhado de mix de castanhas (castanha do pará, nozes, avelã, macadâmia e amêndoas) e uma fruta picada (manga, banana, mamão ou melão)

Para manter a hidratação: até quatro horas antes, ingerir 400ml de água. De uma a duas horas antes, em torno de 250ml de água.

Durante o treino:

O objetivo é ajudar na manutenção da glicemia sanguínea. Em atividades acima de uma hora de duração ou praticadas em locais inóspitos (calor, frio ou altitude), uma das opções abaixo deve ser utilizada a cada 7km ou 45 minutos:

Opção 1: Gel de carboidratos
Opção 2: Bananada - duas bananadas (30g) são equivalentes a um gel de carboidrato
Opção 3: Bebida esportiva

Na natação, é interessante colocar uma bebida esportiva ou solução de maltodextrina (duas colheres de sopa cheias de maltodextrina em 400ml de água) na borda da piscina.

No ciclismo de longa distância (80 km) ou acima de duas horas, além do gel de carboidrato ou bebida esportiva e água, deve ser utilizada bebida que contenha carboidratos e também um pouco de proteína ou barras de proteínas ou sanduíche de frios/queijo magro com geleia de frutas (mistura de carboidratos e proteínas).

Deve-se respeitar a ingestão de água para repor as perdas pela transpiração, de 400 a 800ml de água a cada hora.

Os líquidos que contêm sais minerais ajudam a controlar as reações químicas do corpo durante o exercício e mantêm o corpo hidratado.

Porém, é uma medida importante especialmente quando o tempo de treino é superior à 1 hora ou quando a temperatura está muito alta ou o clima muito seco. Caso contrário, basta água para hidratar.

Após o treino:

A ingestão de carboidratos visa repor os estoques exauridos e garantir um padrão anabólico. Imediatamente depois da atividade física, devem ser utilizados carboidratos de fácil absorção como frutas, água de coco ou bebida esportiva. A alimentação no pós-treino deve associar carboidratos e proteínas para recuperação rápida.

Depois do treino é importante comer alimentos ricos em proteínas, como os de origem animal, como iogurte, gelatina carnes, clara de ovo ou peito de peru.

Para quem faz os exercícios de manhã, uma outra dica importante é nunca treinar em jejum, pelo risco de hipoglicemia, de diminuir o rendimento durante o treino e de diminuir a massa muscular. O que não é bom nem mesmo para quem deseja emagrecer.

Opção 1: sanduíche ou tapioca de queijo magro com peito peru light
Opção 2: iogurte + fruta + aveia
Opção 3: 2 fatias de pão integral com frango desfiado, cenoura e beterraba crua ralada, uma colher de sobremesa de quinoa e uma folha de alface e 1 copo pequeno de suco de abacaxi com hortelã

Os shakes são indicados apenas para atletas profissionais. Para quem pratica atividades somente por prazer ou para manter a saúde em dia, uma alimentação balanceada já supre as demandas energéticas. Ainda assim, se você quiser lançar mão dos suplementos, prefira tomá-los cinco minutos antes ou enquanto está treinando e opte pelos de carboidratos de rápida absorção ou alto índice glicêmico — aí há liberação imediata de energia. Uma alternativa é utilizar o whey protein ao final da sessão.  

Não deixe de procurar uma nutricionista.

Feito por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

 

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Avaliação Nutricional por Bioimpedância

O método da bioimpedância elétrica baseia-se na condução de uma corrente de baixa intensidade pelo corpo do indivíduo.

Na análise da composição, dividimos o corpo humano em 2 partes: Massa Magra e Massa Gorda.

A massa magra conduz a eletricidade mais facilmente por possuir um elevado conteúdo de água (73% a 75%) e eletrólitos (potássio, sódio, cálcio), enquanto que a massa gorda oferece maior resistência por apresentar um baixo nível de hidratação (<=10%) Desta forma, conclui-se que a corrente elétrica percorre com maior facilidade a massa magra do que a massa gorda.

A Massa Magra é composta por músculos, ossos e órgãos vitais, sendo o principal responsável pela queima de calorias (a musculatura é o elemento quimicamente ativo do organismo). Portanto, quanto maior a massa magra, mais calorias o indivíduo estará queimando em repouso e durante a atividade física.

A Massa Gorda é composta pela gordura corporal. Ao contrário do que se pensa, um mínimo de gordura corporal é essencial para algumas funções como proteção dos órgãos vitais contra choques mecânicos, isolamento térmico, produção de hormônios, metabolismo de algumas vitaminas e reserva energética. Entretanto, o excesso de gordura é prejudicial, sendo considerado um dos principais problemas de saúde na sociedade moderna, até mesmo entre as pessoas mais jovens e crianças.

O principal objetivo da avaliação da composição corporal é determinar as quantidades de massa magra e massa gorda do organismo. Isto se torna importante ao imaginarmos dois indivíduos com o mesmo peso e estatura, porém com composições corporais diferentes. Em outras palavras, um indivíduo pode ser sedentário e apresentar uma elevada taxa de gordura corporal, enquanto que o outro pode ser ativo fisicamente e apresentar uma menor taxa de gordura e maior desenvolvimento muscular. Portanto, pode-se observar que o peso corporal não é o único indicativo do estado nutricional das pessoas, sendo importante basear-se em algum método que considere a proporcionalidade entre músculos, ossatura e gordura de forma individualizada para a determinação da composição corporal.

Resultados:

1 – Composição Corporal

Analisa todo o corpo e quantifica seus diferentes componentes. Comparando seus valores com as faixas normais fornecidas, avalia-se a composição corporal atual.

Gordura corporal em excesso. Mesmo que estejam com seu peso na faixa normal, pessoas com esse tipo de corpo estão em maior risco de desenvolver problemas de saúde.

Massa de gordura e conteúdo muscular estão proporcionalmente bem balanceados. Pessoas em boa saúde geralmente obtêm resultados similares a este.

O conteúdo muscular está proporcionalmente maior que a massa de gordura. Tipicamente, pessoas que possuem musculatura bem desenvolvida tendem a obter esse tipo de resultado.

2 – Diagnóstico de Obesidade

IMC é usado para investigar uma possível obesidade e o percentual de gordura corporal é usado para identificar a obesidade. A Relação Cintura-Quadril dá uma idéia de onde a maior parte da gordura está depositada, ajudando a determinar a obesidade abdominal. Com o índice de Metabolismo Basal, uma dieta adequada pode ser planejada.

3 – Controle Músculo-Gordura

Recomendações apropriadas da quantidade de músculo e gordura para uma composição corporal ideal.

4 – Massa Magra Segmentar

A avaliação segmentada da massa magra mostra a distribuição muscular e o equilíbrio de seu desenvolvimento.

5 – Gordura Segmentada

A quantidade de gordura em cada segmento é cuidadosamente estimada para o controle apropriado da gordura localizada.

Orientações Pré Exame:

O exame de bioimpedância é totalmente indolor e rápido, mas assim como outros exames biológicos requer algumas preparações da pessoa antes de se submeter ao teste:

Faça jejum de alimentos e bebidas nas 4 horas que antecedem o horário do exame. Não consuma bebidas alcóolicas um dia antes do exame. Evite o consumo excessivo de alimentos ricos em cafeína (chocolates, chás escuros e café) nos dois dias que antecedem o exame. No dia anterior ao exame não realize atividade física intensa e não tome sauna. Não estar em período menstrual (mullheres) Não estar febril no dia do teste Tomar dois copos de água (500ml) duas horas antes do teste (e manter este procedimento para os próximos testes) Urine pelo menos 30 minutos antes da realização do exame Na hora do exame: O paciente deve estar deitado na posição de supino, em superfície não condutora Objetos metálicos devem ser removidos (anéis, cordões, pulseiras, relógios metálicos, etc) do lado onde os eletrodos serão colocados, e do tronco da passoa Os eletrodos devem ser colocados sempre no mesmo lado do paciente (ex: entre braço direito e perna direita) O braço e perna com os eletrodos devem estar afastados 15cm do tronco do paciente durante a medida da bioimpedância O paciente deve estar em repouso durante o teste, para que a medida da resistência e reatância se estabilize rapidamente Quem não pode realizar o exame: Pessoas com marcapasso, ou outro aparelho eletrônico interno ao corpo que dê suporte a vida Mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez Pessoas com placas metálicas em ambos braço direito e perna esquerda, ou vice-versa (braço esquerdo e perna direita), pois pode resultar em uma leitura errada de bioimpedância, subestimando a gordura e superestimando a massa magra. Caso existam placas, mas contidas em apenas um lado, o exame pode ser feito colocando-se os eletrodos no lado sem metais

Bioimpedância Unifrequencial X Multifrequencial

Os aparelhos de bioimpedância mais antigos possuem 4 eletrodos, são de frequência única (corrente de 50 kHz de penetração superficial nos tecidos), e baseiam-se na hipótese de que o corpo é um condutor cilíndrico, de composição homogênea e lados iguais (não considera braços e pernas separadamente do tronco). São aparelhos simples e facilmente encontrados pelo baixo custo. No entanto, seus resultados são questionáveis, principalmente na presença de alterações importantes da composição corporal como a obesidade.

Os modelos de bioimpedância mais modernos além de possuir oito eletrodos, utilizam corrente elétrica de frequências múltiplas (variando de 5 a 1000 kHz, com penetração ampla dos tecidos) e fazem análise segmentar (braços, pernas e tronco separadamente). Estes aparelhos são cerca de 100 vezes mais caros que um aparelho simples, no entanto, oferecem resultados muito mais precisos da avaliação da composição corporal.

 

Procure a Clinica da Nutricionista da Carol Accioly e faça seu exame.

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Laxantes

14 de Setembro de 2015

LAXANTES

O que são laxantes?

São fármacos que agem no intestino grosso ou cólon e são indicados para a evacuação intestinal. A evacuação pode ser estimulada por modificações na dieta, entretanto em alguns casos a obstipação pode resultar de causas adversas como: alterações metabólicas, doenças do intestino grosso e outras modificações, necessitando assim do uso de medicamento.

Em que casos os laxantes são indicados?

Preparo de pacientes para exames; Tratamento de intoxicações por substâncias não corrosíveis; Facilitar a evacuação no caso de doenças intestinais; Na constipação intestinal, quando medidas dietéticas e comportamentais não têm efeito; Prevenir esforço durante evacuação em pacientes com hérnia e doenças cardiovasculares.

Cuidados com o uso de laxantes:

Utilizar os laxantes tendo em vista a causa da constipação; As preparações farmacêuticas colocam no mercado substâncias associadas; Função renal, hepática e estado hidroeletrolítico; Doenças intestinais pregressas e antecedentes cirúrgicos; Uso crônico alteram reflexos de evacuação, causa hipovitaminoses, desnutrição, perda excessiva de água e eletrólitos; Após evacuação promovida pelo laxante, é comum ficar alguns dias sem defecar, o que é normal. Muitas vezes neste período o paciente torna a se automedicar, pensando ainda estar constipado.

Quais medidas podem auxiliar no tratamento e prevenção da constipação?

Postura ao evacuar (posicionar o tronco levemente para frente, contraindo o abdômen); Exercícios físicos, como andar diariamente; Disciplinar o horário da evacuação; Alimentação rica em fibras (frutas, verduras e legumes crus, cereais integrais, cereais matinais entre outros).

Quais os tipos de laxantes existentes no mercado?

Laxantes Osmóticos

Sulfato de magnésio; Hidróxido de alumínio; Sulfato de sódio; Lactulose, Glicerina; Sorbitol.

Consiste de solutos não absorvidos pelo trato digestivo que por atividade osmótica evitam absorção de água. O aumento do volume e o amolecimento da massa fecal levam a distensão das alças intestinais, facilitando a peristalse. De um modo geral, são utilizados em pacientes submetidos a procedimentos radiológicos contrastados, colonoscopia, cirurgias.

Fibras Vegetais e Laxantes que aumentam resíduo fecal

Sementes de plantago (psillium); Metilcelulose; Ágar, Gomas; Farelo de trigo, cereais em geral, frutas, verduras e legumes.

Constituem substâncias indigeríveis e inabsorvíveis dotadas da propriedade de se intumescerem por absorção de água, promovendo amolecimento das fezes e aumentando seu volume estimulando a peristalse.

Laxantes Umectantes e Emolientes

Docusato de sódio; Docusato de cálcio; Docusato de potássio.

São laxantes de efeitos suaves, que determinam a queda da tensão superficial das partículas fecais, permitindo a embebição de água no conteúdo intestinal e conseqüente amolecimento das fezes. São comumente bem tolerados, entretanto podem causar náuseas e cólicas.

Laxantes estimulantes do peristaltismo do intestino delgado

Óleo de Ricino.

Estimulam diretamente a mucosa intestinal, provocando acúmulo de água e eletrólitos na luz do delgado. Causam evacuação líquida após algumas horas da ingestão, acompanhado de cólicas e às vezes náuseas. O excesso pode levar a desidratação e desequilíbrios hidroeletrolíticos. Não deve ser utilizado por gestantes pelo risco de estimular a contração uterina.

Laxantes estimulantes do peristaltismo do intestino grosso

Sene; Cáscara Sagrada; Fenolftaleína; Bisacodil; Picossulfato de sódio.

A fenolftaleína e o bisacodil possuem efeitos semelhantes, estimulam as terminações sensoriais do cólon, estimulando reflexamente o peristaltismo. Por agir no cólon, a fenolftaleína e o bisacodil têm efeito tardio (6 horas). É freqüente a ocorrência de cólicas com o uso de fenolftaleína, e freqüente a ocorrência de cólicas, irritação gástrica e náuseas com o uso de bisacodil.

O sene e a cáscara sagrada também possuem efeitos semelhantes, aumentam a motilidade colônica. Como agem no intestino grosso tem seu início de ação entre 8 e 10 horas após a sua ingestão. O uso de sene pode gerar cólicas e perda do controle da evacuação. A cáscara sagrada tem efeito mais suave, causa evacuação amolecida ou semilíquida, e raramente apresenta cólicas e outros efeitos indesejáveis.

Laxantes oleosos

Óleo Mineral.

O óleo mineral é derivado do petróleo, não é metabolizado e nem absorvido, é apenas eliminado amolecendo as fezes sem causar irritações ao trato gastrintestinal. Promove evacuação amolecida sem estimular a peristalse.

Laxantes aplicados pelo reto

Supositórios de glicerina; Lavagens intestinais (enemas ou clister).

O mecanismo de ação é por efeito osmótico ou mecânico. As lavagens consistem na introdução de pequenas quantidades de líquidos que não ultrapassem o reto, normalmente constituídas de água destilada e glicerina. Estão indicadas nos casos de esvaziamento do intestino para exames, preparo cirúrgico, parto e constipação no pós-operatório.

Exemplos de Laxantes existentes no mercado:

Agarol (óleo mineral, ágar-ágar, fenolftaleína)
Agar-Agar (ágar-ágar)
Agiolax (semente de plantago e sene)
Dioctosal (docusato sódico, fenolftaleína, cáscara sagrada...)
Dulcolax (bisacodil)
Farlac (lactulose)
Guttalax (picossulfato sódico, alcaçuz)
Leite de Magnésia (hidróxido de magnésia)
Tamarine (sene, cássia, tamarindo, alcaçuz...)
Nattureti (idem)
Nujol óleo (óleo mineral)
Sal amargo (sulfato de magnésio)
Limonada purgativa (sulfato de sódio)
Lacto-purga (fenolftaleína)
Metamucil (psylliun)
Laxol (óleo de ricino), entre outros.

Os laxantes naturais possuem a vantagem de não prejudicar o funcionamento dos intestinos deixando-os viciados. 

O ideal é que a alimntação possua grande quantidade de fibras, como frutas, hortaliças e legumes diariamente ajudam o bom funcionamento intestinal e são muito importantes em dietas. Além dos alimentos, um líquido indispensável é a água, quanto mais água beber menor serão as chances de prisão de ventre.

Observação:

A indicação do uso de laxantes é feita para episódios isolados, quando o paciente está há dias constipado, precisa fazer muito esforço para evacuar e as fezes estão ressecadas. E mesmo nesses casos é necessária prescrição médica. "Muitas vezes, o quadro clínico pode ser mais grave do que o previsto e o uso de laxantes por conta própria pode mascarar esses problemas". Em alguns casos, o paciente precisará fazer outros procedimentos, como uma lavagem intestinal. Há também casos em que o paciente está com uma constipação intensa, e o médico irá receitar o laxante como medida paliativa para aliviar o intestino do constipado. "O medicamento é recomendado quando a prisão de ventre já está instalada, mas não faz parte do tratamento para educar o intestino".

Não deixe de procurar um médico e uma nutricionista para qualquer orientação necessária.

 

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

 

 

 

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Retenção de Líquido

O inchaço é uma reação fisiológica que pode acometer mulheres, homens e até crianças. É o resultado do extravasamento de um líquido (pobre em proteínas do sangue) que sai dos vasos sanguíneos e vai para o tecido subcutâneo.

Esse líquido confere o aspecto inchado e brilhante da pele, muitas vezes compressível por acessórios do vestuário ou mesmo com a pressão dos nossos dedos sobre a pele, deixando uma marca temporariamente.

Uma das conseqüências mais graves é a hipertensão arterial e a sobrecarga renal.  

Causas:

Algumas causas podem se dar devido a desequilíbrios no nosso organismo como:

Variações de pressão sanguínea regional; Quantidade de proteínas no sangue; Quantidade de sais disponíveis no corpo; Ação da força da gravidade; Sedentarismo; Desequilíbrios hormonais.

Outras causas possíveis são os problemas renais, cardíacos ou hepáticos, doenças da tireóide que provocam um tipo específico de edema, remédios, como alguns anti-hipertensivos, que podem alterar a permeabilidade dos vasos sanguíneos, reações inflamatórias, como as que ocorrem em reações alérgicas, que alteram a capacidade dos vasos de se manterem competentes contra o extravasamento líquido.

Muito se fala sobre alguns alimentos que provocam o inchaço. Os refrigerantes, por exemplo, falam-se muito sobre eles e, de fato, favorecem o aumento de líquidos corporais pelo alto teor de sódio.

No caso dos grãos: feijão, soja, grão de bico, lentilha, eles podem aumentar os gases intestinais, estufamento e desconforto se consumidos em excesso ou se for consumido por pessoas que tenham problemas de má digestão, disbiose (desequilíbrio de flora intestinal) ou intolerância alimentar, mas não se pode falar que eles são causadores de inchaço. 

Comer exageradamente pode causar inchaço. O exagero nas quantidades de alimentos, mesmo que com qualidade, representa uma sobrecarga no funcionamento de todo o aparelho digestivo, possibilitando o acúmulo de água, glicogênio e gordura.

Os alimentos que podem promover maior retenção além do sal de cozinha e industrializados (conservas, caldos, etc.) são os carboidratos (salgados ou doces), principalmente os doces, pães, bolachas, bolos. 

Qualquer tipo de sal pode favorecer o inchaço. 

Em relação aos hormônios, alguns merecem destaque: progesterona, cortisol, antidiurético, renina, aldoesterona. Esses hormônios favorecem a retenção de líquidos.  

Sal

“O sódio é um mineral importante, responsável pelo equilíbrio hídrico do corpo. Além disso, ele participa de impulsos nervosos, contração muscular e transporte de moléculas entre nossas células”

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que a ingestão diária de sódio deve ser de 2 gramas, o que equivale à 5 gramas de sal de cozinha ou 5 colheres rasas de café. 

Tipos:

Refinado: Chamado popularmente de “sal de cozinha”, ele é extraído da água do mar por meio de um processo de evaporação e depois refinado. Formado por cloreto de sódio (mistura de cloro e sódio), ele é muito usado no dia a dia como condimento, realçando o sabor dos alimentos, e também como conservante.

De acordo com a legislação brasileira, é obrigatório incluir iodo ao sal. A medida tem como objetivo evitar que a população apresente deficiência desse mineral, responsável por prevenir problemas como bócio e cáries. Em 1g há 400mg de sódio.

Grosso: Trata-se do produto bruto da cristalização da salmoura concentrada vinda da água do mar. Ao contrário do sal comum, ele só passa pelo processo de extração, ou seja, não é refinado. Por isso, seus grãos são grandes e disformes.

Ele pode ser moído ou utilizado em cristais mesmo (neste caso, é muito requisitado para temperar carnes para churrasco). Só é preciso tomar cuidado para não deixar a preparação muito salgada! Vale dizer que a composição química do sal grosso é a mesma do sal comum. Em 1g de sal grosso há 400mg de sódio.

Light: Comparado ao sal comum, tem menor teor de sódio. É composto por 50% de cloreto de sódio e 50% de cloreto de potássio. Ao contrário do que o nome sugere o condimento não é indicado para quem deseja emagrecer, e sim àqueles que têm restrição em relação ao consumo de sódio (como indivíduos com pressão alta).

Por outro lado, deve-se lembrar de que ele não é uma boa pedida para pessoas com problemas nos rins, já que o aumento da ingestão de potássio pode causar um acúmulo do mineral no organismo, elevando o risco de complicações cardiovasculares. De gosto mais amargo, pode ser utilizado da mesma forma que o sal comum. E atenção: apesar de ter menos sódio, não vale exagerar nas pitadas. Em 1g de sal light há 197mg de sódio.

Rosa do Himalaia: Está localizado aos pés do Himalaia, região que há milhões de anos foi banhada pelo mar. Considerado o mais antigo e puro dos sais marinhos, fica depositado a centenas de metros de profundidade. Tem quase metade de sódio encontrado no sal comum e é muito rico em minerais (são mais de 80), tais como cálcio, magnésio, potássio, cobre e ferro.

Por causa desses compostos, os cristais ganham um tom rosado e um sabor com toque metálico agradável e suave. Pode ser empregado em carnes, aves e peixes, além de saladas e legumes. Também cai muito bem na finalização e decoração de alguns pratos. Em 1g de sal Rosa do Himalaia há 230mg de sódio.

Negro: Trata-se de um sal não refinado procedente da Índia. Por conta de compostos de enxofre presentes em sua composição tem um forte sabor sulfuroso. Outra coisa que chama a atenção é a cor cinza rosada, que evidencia sua origem vulcânica.

Além de compostos sulfurosos, o sal negro é formado por cloreto de sódio, cloreto de potássio e ferro. Pode temperar receitas com carne, aves e peixes e também ser utilizado na finalização de pratos. Em 1g de sal negro há 380mg de sódio.

Havaiano: Essa variedade de sal não é refinada e tem uma coloração avermelhada por causa da presença de uma argila havaiana chamada Alaea, rica em dióxido de ferro. De sabor suave, pode ser acrescentada a várias receitas, como saladas, massas, grelhados e aves. Tem quase a mesma quantidade de sódio encontrada no sal comum. Portanto, nada de mão pesada no saleiro! Em 1g de sal Havaiano há 390mg de sódio.

Marinho: Comparando quimicamente, o sal refinado e o marinho (também chamado de sal Azul) são iguais, ou seja, ambos são formados por mais de 99% de sódio. A principal diferença entre eles está no formato dos grãos: enquanto o primeiro é refinado para passar pelo buraco do saleiro facilmente, o segundo passa por um refinamento mais rústico, resultando em grãos irregulares (não tanto quanto os do sal grosso). Essa particularidade faz com que o sal marinho gere uma “explosão de sabor salgado” na língua.

Defumado: Existem diversos tipos de sais defumados. O francês, por exemplo, é produzido com cristais de flor de sal. Os sais são defumados lentamente, em fumaça fria resultante da queima de ripas de barris de carvalho usados no envelhecimento de vinho Chardonnay. Já o dinamarquês é feito segundo a tradição Viking. Isto é: após a evaporação da água do mar, o sal é seco em recipiente aberto sobre fogueira fumacenta feita com galhos de madeiras aromáticas, como carvalho e cerejeira.

Há ainda sais defumados de outros países, produzidos por defumação comum em fumeiros com madeiras. É possível também adicionar aromatizantes artificiais de fumaça e corantes de caramelo a cristais comuns de sal refinado ou grosso. No entanto, o sabor não fica tão delicado como o dos sais defumados de forma natural. Pode ser utilizado com carnes, peixes, saladas e também em coquetéis como o Bloody Mary. Em 1g de sal defumado há 395mg de sódio.

Rosa do Peru: Tem como origem um oceano muito antigo que secou e ficou preso nos subterrâneos das montanhas no Vale Sagrado dos Incas. É colhido manualmente, tem um índice de umidade elevado, sua coloração é rosa clara e o sabor, forte. Quando comparado aos outros tipos de sal, é o que apresenta um dos menores teores de sódio.

Utilizado em um prato típico do Peru, o ceviche, também pode temperar aves, peixes, entre outras receitas. Em 1g de sal Rosa do Peru há 250mg de sódio.

Flor de Sal: São os pequenos cristais retirados na camada mais superficial das salinas. Translúcidos, os grãos são conhecidos por conferir uma textura crocante às preparações. Essa variedade contém muito sódio, mas também carrega magnésio, iodo e potássio. Há vários tipos de flor de sal, sendo que o mais famoso é o da região de Guèrande, localizada no norte da França.

Para não perder sua capacidade de deixar os pratos crocantes, recomenda-se que seja adicionado após o preparo das receitas – ele combina perfeitamente com saladas. Em 1g de Flor de Sal há 450mg de sódio.

Conclusão:

Podemos concluir que o Sal Rosa do Himalaia, além de benefícios naturais, consiste em menor quantidade de sódio quando comparado as outras variedades.

“É importante cozinhar os alimentos com pouco sal e preferir ervas naturais como temperos, como orégano, manjericão, alecrim, salsinha e cebolinha. Alho, cebola e limão também costumam deixar as preparações saborosas”

Adaptado Por: Anna Carolina Accioly Accioly - Nutricionista

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