Leguminosas

24 de Maio de 2017

As leguminosas são na verdade grãos produzidos em vagens. Dentre as mais conhecidas, temos os feijões, a soja, grão-de-bico, lentilha, amendoim, tremoço e ervilha.

São uma excelente fonte de nutrientes para o organismo, sobretudo proteínas e minerais, oferecem saciedade e praticamente não contêm gorduras. São ricas nos minerais Ferro, Zinco, Cálcio, Fósforo e Potássio. Possuem também uma boa quantidade de vitaminas do complexo B (em especial a B1, ou tiamina) e ácido fólico.

O teor de proteínas pode variar entre 23% a 38%, e as calorias para as leguminosas situam-se na faixa de 320 a 395 calorias para cada 100g. O amendoim é o mais calórico entre as leguminosas (581 calorias a cada 100g), por isso seu consumo deve ser feito com moderação.

Benefícios das leguminosas:

  • Não contêm colesterol (assim como todo alimento de origem vegetal);
  • Não contêm glúten;
  • Excelente fonte de fibras;
  • Preço acessível;
  • Grande disponibilidade;
  • Saborosas;
  • Podem ser congeladas;
  • São muito versáteis e aceitam diversos temperos;
  • Baixo Índice Glicêmico (não causam picos de insulina).

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

 

 

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Benefícios do abacate

22 de Maio de 2017

Você conhece os benefícios do abacate?

Enquanto a maioria das frutas são ricas em carboidratos, o abacate é composto, em sua maior parte, por gorduras.

A princípio, essa característica pode parecer ruim, e por isso diversas pessoas evitam o seu consumo e excluem o abacate da lista de frutas permitidas em uma dieta, apenas pela fama criada sobre seu alto valor calórico, abrindo mão dos diversos benefícios do abacate para a saúde e boa forma.

Pouca gente sabe que maior parte da gordura do abacate pode fazer muito bem para saúde, desde que seja consumida de maneira equilibrada. Isso porque, a maior parte da gordura do alimento é monoinsaturada, o que ajuda a equilibrar os níveis de colesterol no sangue. O abacate é rico em ácidos graxos monoinsaturados, motivo pelo qual protege a saúde cardiovascular, por proporcionar diminuição na concentração de lipoproteínas de baixa densidade (LDL colesterol) e um aumento na concentração de lipoproteínas de alta densidade (HDL colesterol), cerca de 100 g de abacate contêm aproximadamente 170 a 180 calorias, sendo que 85% dessas calorias vêm da gordura presente na polpa.

O consumo de abacate associado a carboidratos proporciona um menor índice glicêmico da refeição, auxiliando assim no controle da glicemia em diabéticos. Outro benefício do alimento é a capacidade dessa fruta em melhorar a biodisponibilidade de vitaminas lipossolúveis.

A quantidade de fibras presente no abacate também impressiona. 10g correspondem a 40% de toda a quantidade de fibra recomendada diariamente.

Além dos macronutrientes, o abacate contém uma variedade muito grande de vitaminas e minerais. Destacam-se as vitaminas do complexo B, vitamina C, vitamina A, vitamina E, cobre, manganês, magnésio, fósforo, potássio e zinco.

A melhor forma de ingerir o abacate é sem adição de açúcares ou alimentos industrializados. Use o de forma natural ou crie receitas saudáveis.

Por: Anna Carolina Accioly - Nutricionista

 

 

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Boas Festas

27 de Dezembro de 2016

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Como falamos no post anterior, a Nutrição tem um papel fundamental no tratamento dos pacientes oncológicos, uma vez que eles já tendem a apresentar uma perda de peso natural com a doença e a desnutrição pode comprometer o tratamento e interferir na qualidade de vida dessas pessoas.

Estima-se que a prevalência da desnutrição, em pacientes diagnosticados com câncer, possa atingir 50% dos casos ou mais, variando de acordo com o local do tumor, estágio da doença e tratamento terapêutico adotado.

Além das necessidades nutricionais estarem aumentadas devido ao crescimento do tumor, o tratamento quimioterápico e radioterápico também contribui para a perda de peso e consequentemente da massa muscular por conta de seus efeitos colaterais que podem ir de náuseas e vômitos até dificuldade de engolir e inflamações de mucosa, o que impede uma boa alimentação.

Também não podemos esquecer que na “evolução natural da doença”, ocorre a perda espontânea e não intencional de apetite, o que levará aos mesmos problemas nutricionais já citados anteriormente.

Mas então o que pode ser feito para minimizar o quadro de desnutrição que surge por todos os lados? Além de uma alimentação equilibrada, a suplementação!

A suplementação nutricional tem como objetivo melhorar a oferta de nutrientes que só com a alimentação não está sendo atingida e assim promover um impacto positivo na qualidade de vida e na resposta ao tratamento.

Pacientes oncológicos se beneficiam e muito de suplementações hipercalóricas e hiperproteicas, uma vez que a demanda metabólica é maior que o consumo geral de alimentos. Com o uso de suplementos reduzimos os riscos de complicações cirúrgicas, auxiliamos na manutenção do estado nutricional e em alguns casos no ganho de massa magra. Além disso mantemos o sistema imunológico protegido de doenças oportunistas.

Claro que não é porque é importante que vamos comprar o primeiro suplemento que virmos pela frente ou o que foi utilizado pelo parente/vizinho/amigo!

A indicação de quando, como e qual tipo de suplemento utilizar deve ser feito por um profissional nutricionista e este deve acompanhar o paciente em todos os estágios da doença para que os ajustes necessários sejam realizados, já que o dia a dia do paciente oncológico pode variar muito. A composição, os sabores, a dosagem dos suplementos podem variar de paciente para paciente.

Como sempre enfatizo o que funciona para um não necessariamente trará os mesmos resultados para o outro. A prescrição é individualizada e de acordo com o diagnostico nutricional de cada um.

O mais importante de tudo é que o paciente oncológico tem condições de ter uma vida funcional e com qualidade quando tomamos os devidos cuidados e tratamentos adequados para cada momento.

 

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Nutrição e Câncer

22 de Julho de 2016

Uma das doenças da atualidade mais temida e, infelizmente, muito frequente na nossa sociedade é o câncer.

Inúmeros estudos são realizados e os tratamentos são cada vez mais específicos para tentar combater e melhorar a qualidade de vida de todos os que são acometidos por essa enfermidade.

Quando falamos de Nutrição nos últimos posts, sempre esteve relacionado a prevenção de outras doenças e manutenção de hábitos saudáveis. Nesse caso, está diretamente relacionada ao tratamento e tem um papel de suma importância para uma melhor resposta do organismo.

O câncer é uma enfermidade na qual muitos fatores influenciam o seu desenvolvimento. Eles podem ser externos, como o meio ambiente e/ou hábitos sociais; ou internos, resultante de eventos que geram mutações sucessivas no material genético das células. O que se sabe é que sua incidência é cada vez maior e a nutrição tem um papel fundamental no tratamento desses pacientes.

Pessoas com câncer apresentam, na sua maioria, quadros de desnutrição calórica e proteica, uma vez que há uma redução na ingestão de alimentos, além das alterações metabólicas provocadas pela própria doença.

Mas será que isso influencia no tratamento?

Com toda certeza! O estado nutricional do paciente oncológico está diretamente relacionado com o sucesso da terapêutica a ser realizada.

A qualidade de vida, a tolerância e a resposta aos tratamentos administrados, e em muitos casos também a sobrevida, estão diretamente subordinadas a um bom estado nutricional. Por isso, a Nutrição se faz tão presente no tratamento desses indivíduos.

Podemos citar como alguns benefícios da Terapia Nutricional no câncer:

Melhora do estado nutricional Combate à caquexia Melhor tolerância a cirurgia Melhor resposta aos tratamentos de quimioterapia e radioterapia Melhora da qualidade de vida e sobrevida

O acompanhamento com um nutricionista se faz necessário desde o diagnóstico, pois normalmente os pacientes já apresentam algumas deficiências nutricionais, como anemia, hipoalbuminemia, carências de vitaminas e minerais, que quando corrigidas auxiliam na resposta ao tratamento como um todo.

Além disso, durante o tratamento, algumas reações as medicações utilizadas estão diretamente relacionadas com a palatabilidade e a aceitação dos alimentos, o que se torna mais difícil ao longo do tempo, sendo necessárias estratégias e adequações à dieta para que possamos manter o seu estado nutricional adequado nas diferentes fases do tratamento, incluindo o cirúrgico.

Ao analisarmos a dieta desses indivíduos não podemos levar em consideração somente a quantidade de calorias e proteínas ofertadas. A qualidade do que é ingerido é de extrema importância! Alguns nutrientes específicos podem auxiliar numa melhor resposta do organismo, o que iremos abordar futuramente.

Se tem alguma dúvida ou curiosidade nesse tema, deixe um comentário que tentaremos responder nos próximos posts.

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Dietas “low carb”: pensando fora da caixinha

Quando se pensa em emagrecimento a conduta preconizada há décadas, pela maioria das pessoas, aborda estratégias como restrição de calorias e dieta com baixo teor de gorduras (“low fat”). Mas será que esse tipo de abordagem é realmente válido e eficaz?

Claro que apresenta resultados na perda de peso, senão não seria utilizado até hoje, mas pensando na melhoria da saúde geral, pode até ser que funcione para um determinado grupo de pessoas. Porém, aqueles que são obesos, estão com sobrepeso, tem síndrome metabólica ou diabetes, este percentual de carboidratos (50 a 60% das calorias totais) é considerado perigoso nos dias de hoje.

Sendo utilizado como estratégia comum ao redor do mundo, as dietas de restrição calórica são extensivamente estudadas e o que se vê é que são praticamente inúteis contra muitas doenças, e ineficientes quando se trata de recomposição corporal com alta qualidade. Ou seja, simplesmente não funciona como teoricamente acredita-se ou é dito que funciona.

Em contrapartida, 

 

Esse tipo de dieta também tem melhor adesão, em comparação com as de restrição calórica e low fat, provavelmente porque elas não requerem restringir calorias. Se pensa muito mais na qualidade do alimento em si do que somente na quantidade. Segundo os estudos recentes a dieta low carb é a estratégia mais saudável, eficaz, fácil e de boa adesão para promover o emagrecimento e reverter doenças metabólicas.

Sabe-se que a perda de peso rápida que acontece nos primeiros dias da dieta low carb é, na sua maioria de água, mas estudos indicam que ela também causa reduções expressivas de gordura corporal (especialmente do fígado e da região abdominal) e não interfere no processo de desenvolvimento muscular.

Com a restrição de carboidratos, a resposta insulínica é menor e quando os níveis de insulina caem, os níveis corporais de sódio e água também diminuem. Esse é um dos principais motivos pelo qual o corpo reduz drasticamente inchaços e retenções em apenas alguns dias de low carb. E essa é uma das razões pela qual as pessoas apresentam alguns efeitos colaterais como fadiga, dores de cabeça, tontura e até mesmo constipação.

E qual seria a restrição para que se considere uma dieta low carb?

Não existe uma definição clara do que exatamente constitui uma dieta low carb. Geralmente é classificada como algo menor do que 30% das calorias totais, o que consiste em uma margem de 50 a 150 gramas de carboidrato por dia. Uma dieta bem montada deve ser pobre em carboidrato, rica em gordura e moderada em proteína, uma vez que a proteína em excesso é metabolizada em glicose.

Existem algumas vertentes para as dietas ditas “low carb”, mas não podemos confundir com a dieta cetogênica, a qual é baseada no princípio de redução drástica do consumo de carboidratos. Isso se dá para que um mecanismo fisiológico chamado cetose seja ativado, fazendo com que o corpo utilize primariamente as gorduras como fonte de energia.

As dietas cetogênicas tradicionais e restritivas, são estruturadas com cerca de 70 – 75% das calorias totais provenientes de gorduras, 20% de proteínas e apenas 5% de carboidratos. Entretanto, tais valores podem variar, podendo chegar a 12% de carboidratos e ainda assim permanecer em cetose, dependendo do indivíduo.

Durante uma alimentação cetogênica, o corpo se torna mais eficiente em utilizar gorduras como fontes de energia. Esse tipo de dieta apresenta inúmeras propriedades benéficas, sendo utilizadas no tratamento de diabetes, doenças neurológicas, câncer e fatores de risco para doenças cardiovasculares e respiratórias.

O que se vê é que a dieta cetogênica tem sido comprovadamente usada como estratégia terapêutica para epilepsia, e tem sido estudada como cofator para tratamento do câncer, e doenças cerebrais como Alzheimer, apresentando resultados promissores. Porém, sua difícil adesão devido ao conturbado processo de adaptação, a monotonia da alimentação, e a obrigatoriedade de ser aplicada por um curto tempo, torna sua prática, algo não muito sustentável.

Claro que estar em cetose não é uma obrigatoriedade para o emagrecimento e ingerir 30g de carboidrato ou menos por dia é de um extremismo contrário a proposta da alimentação saudável. Os praticantes restringem alimentos como grãos, raízes, doces, cereais e até algumas frutas. Por isso, deve ser utilizada como um recurso para algum tratamento específico e observado seu real benefício.

Para entrar em cetose e/ou colher todos os benefícios da dieta low carb, apenas cortar/reduzir os carboidratos não é suficiente. Como sempre falo por aqui nada é milagroso e não deve ser feito de qualquer jeito.

A palavra-chave continua sendo individualidade!

A dieta que funciona para uma pessoa não necessariamente irá trazer os mesmos resultados para outra. Tudo deve ser discutido e orientado por um profissional para que os objetivos sejam alcançados sem prejudicar a saúde.

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