Vitamina A

16 de Maio de 2016

A vitamina A pertence ao grupo de vitaminas lipossolúveis e pode ser encontrada em duas fontes. Nos alimentos de origem animal está na forma de retinóides e naqueles de origem vegetal o nutriente está na forma de grupos de carotenoides, que inclui o betacaroteno. Essas substâncias são convertidas em vitamina A. 

Ela age de diferentes maneiras no organismo. Este nutriente contribui para a boa visão, pois protege a córnea e também para a correta proliferação e diferenciação celular. Esta vitamina também contribui para o correto desenvolvimento do feto, por esta última razão ela é especialmente necessária para as gestantes. A vitamina A ainda é importante para os processos de formação da pele. Auxilia o desenvolvimento ósseo normal e influencia a formação normal dos dentes. Funciona como antioxidante. A vitamina E auxilia na biodisponibilidade da vitamina A. É absorvida no intestino delgado, armazenada no fígado e excretada na bile e urina. É tóxica em grandes quantidades. É estável à luz e ao calor.

Deficiência de vitamina A

A deficiência de vitamina A é identificada por meio de um exame de dosagem de retinol sérico ou retinol no leite materno, no caso de lactantes. 

A deficiência do nutriente pode causar uma série de problemas de saúde. A cegueira noturna (dificuldade de enxergar em locais com a luz fraca) que pode até evoluir para uma cegueira total é uma das complicações. 

Outros problemas são: aumentar a gravidade de infecções comuns como diarreia e infecções respiratórias, endurecimento das membranas mucosas dos tratos respiratório, gastrointestinal e urinário, redução do olfato e do paladar, ressecamento da esclera (parte branca dos olhos) e da córnea, inflamação da pele (dermatite) e estresse. 

No caso das crianças, a deficiência do nutriente prejudica o crescimento e o desenvolvimento, pode causar cegueira irreversível e aumentar o risco de mortalidade infantil.  

Combinações da vitamina A

Vitamina A + gorduras e proteínas: Ao consumir alimentos de origem vegetal ricos em betacaroteno, a conversão dele em vitamina A ocorre na parede do intestino delgado sendo influenciada pela ingestão de gorduras e proteínas da dieta. 

Vitamina A + zinco: A vitamina A que é absorvida no intestino será estocada no fígado, mas para que possa ser transportada nos vasos sanguíneos o zinco é necessário. 

Fontes de vitamina A

A vitamina A pode ser encontrada tanto em alimentos de origem animal quanto vegetal. Nos vegetais ela normalmente está presente em alimentos de cor alaranjada que são ricos em carotenoides, que será convertido em vitamina A.

Esses alimentos são: manga, mamão, caju, goiaba vermelha, cenoura, milho (amarelo), batata doce (amarela), abóbora (madura), moranga, couve, mostarda, espinafre, brócolis, caruru, folhas de beterraba e cenoura, chicória, alface e agrião. Há dois óleos que são muito ricos em pró-vitamina A: o dendê e o buriti. Estima-se que os carotenos provenientes de vegetais contribuam com cerca de 68% da vitamina A da dieta. 

A vitamina A na forma de retinol é encontrada em alimentos de origem animal como vísceras, especialmente o fígado, gemas de ovos e leite integral e seus derivados, manteiga e queijo. 

Quantidade recomendada de vitamina A

 

Idade                                   Homens: mcg/dia (UI/dia)  Mulheres: mcg/dia (UI/dia) Recém-nascidos 0-6 meses                   400 (1333 UI) 400 (1333 UI)   Bebês 7-12 meses                 500 (1667 UI) 500 (1667 UI)   Crianças 1-3 anos                     300 (1000 UI) 300 (1000 UI)   Crianças 4-8 anos                     400 (1333 UI) 400 (1333 UI)   Crianças 9-13 anos                   600 (2000 UI) 600 (2000 UI)   Adolescentes 14-18 anos                 900 (3000 UI) 700 (2333 UI)   Adultos maior de 19 anos        900 (3000 UI) 700 (2333 UI)   Grávidas menor de 18 anos 750 (2500 UI)   Grávidas maior de 19 anos 770 (2567 UI)   Lactantes menor de 18 anos 1200 (4000 UI)   Lactantes maior de 19 anos 1300 (4333 UI)  

 Fonte: Food and Nutrition Board (FNB) - Institute of Medicine, 2001

Riscos do consumo em excesso de vitamina A

O excesso de vitamina A ocorre por meio da suplementação e pode ser tóxico. Grandes quantidades do nutriente podem causar problemas como náuseas, vômitos, dor de cabeça, irritação cutânea, dores articulares, densidade mineral óssea diminuída, podendo causar osteoporose e até coma em casos extremos e raros. 

O excesso desta vitamina também pode causar falta de apetite, edema, cansaço, irritabilidade, sangramentos, aumentos do baço e fígado, alterações de provas de função hepática e redução dos níveis de colesterol HDL. Em alguns casos, o excesso de vitamina A pode ser fatal. 

Procure um médico ou uma nutricionista para qualquer orientação necessária.

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