Alimentação saudável – um olhar sobre o Guia Alimentar para a População Brasileira

03 de Abril de 2016

Alimentação saudável – um olhar sobre o Guia

Dia 31 de março é o Dia Nacional da Saúde e Nutrição, então essa semana vamos refletir se aquilo que comemos realmente nos faz bem.

Muito se fala em alimentação saudável, mas você sabe o que isso quer dizer?

Num mundo onde os hábitos alimentares são cada vez mais baseados na falta de tempo e no consumo de fast food e onde a mídia incentiva cada vez mais a ação por impulso, e a quantidade de informação veiculada é cada vez maior, parar e pensar no que isso acarreta para a nossa saúde é de extrema importância. Afinal, a qualidade da nossa alimentação influi diretamente na nossa saúde e qualidade de vida.

A informação é tanta e tão diferente que a dúvida do que consumir e, com isso, as escolhas erradas são o que acontecem na maioria dos casos.

Então ficamos com a pergunta inicial: o que é alimentação saudável?

Será que seria consumir somente alimentos light/diet? Trocar o açúcar pelo adoçante? Diminuir o sal? Claro que não!

Podemos dizer que saudável é a alimentação equilibrada, a qual envolve desde a escolha dos alimentos ao modo de preparo.

O Ministério da Saúde lançou, em 2014, a 2ª edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, no qual contém os “10 passos para uma alimentação adequada e saudável”, que é o que vamos discutir nos próximos posts. Afinal, já que vamos falar de alimentação saudável temos que nos basear naquilo que nos é orientado.

• Passo 1 – FAZER DE ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE PROCESSADOS A BASE DA ALIMENTAÇÃO

Os alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais (folhas, frutas, ovos, leite, etc), ou seja, os que consumimos da mesma forma que são extraídos da natureza.

Os chamados minimamente processados são alimentos in natura que chegam à mesa após passarem por alterações mínimas, ou seja, processos de limpeza, fracionamento, moagem, secagem, pasteurização entre outros processos similares que não envolvam agregação de sal ou açúcar ou outras substâncias ao produto original (grãos, farinhas, raízes e tubérculos lavados, carnes, leite pasteurizado, etc).

Fazer desses alimentos a base da nossa alimentação é o início de todo o processo de mudança para uma alimentação mais saudável.

• Passo 2 – UTILIZAR ÓLEOS, GORDURAS, SAL E AÇÚCAR EM PEQUENAS QUANTIDADES AO TEMPERAR E COZINHAR ALIMENTOS E CRIAR PREPARAÇÕES CULINÁRIAS

Todos esses devem ser utilizados para tornar as refeições mais saborosas, mas não devem mascarar o sabor real do alimento. Além disso, o uso em excesso torna a alimentação nutricionalmente desbalanceada e pode acarretar em prejuízo a saúde.

• Passo 3 – LIMITAR O CONSUMO DE ALIMENTOS PROCESSADOS

Os alimentos considerados processados são aqueles fabricados com a adição de sal, ou açúcar, ou óleo e gorduras a um ou mais alimentos in natura ou minimamente processados (pães, frutas em calda, queijos, etc).

O consumo desses alimentos dever ser em pequenas quantidades, como parte de refeições ou ingredientes de preparações.

• Passo 4 – EVITAR O CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS

Os alimentos ultraprocessados são aqueles que a fabricação envolve diversas etapas de processamento e muitos dos ingredientes são de uso exclusivos na indústria (biscoitos recheados, refrigerantes, macarrão instantâneo, etc).

Geralmente esses alimentos são consumidos em grandes quantidades e substituem o consumo do alimento in natura, porém não trazem benefício nutricional algum, pelo contrário, incentiva o consumo excessivo de açúcar, sal, e outras substâncias químicas que são prejudiciais à saúde. Portanto, não devem fazer parte da alimentação saudável, ou serem evitados ao máximo.

• Passo 5 – COMER COM REGULARIDADE E ATENÇÃO, EM AMBIENTES APROPRIADOS E, SEMPRE QUE POSSÍVEL, COM COMPANHIA

Procurar fazer as refeições em horários regulares, em ambientes tranquilos e em companhia de amigos e/ou familiares, ajuda para que se tenha mais atenção ao que se está ingerindo, não estimula o consumo desenfreado de alimentos e, além disso, faz com que o horário da refeição seja um momento de reunião, tornando-o mais prazeroso.

Os primeiros passos do Guia Alimentar nos mostram que a alimentação saudável vai muito mais além do que só o ato de comer. Pensar na qualidade do alimento é só o início para construir um hábito alimentar mais saudável e como consequência uma melhor qualidade de vida.

Continuamos no próximo post...

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